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Sebastián Piñera faz discurso, após assumir segundo mandato como presidente do Chile

Da redação com G1
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Sebastián Piñera e sua esposa, Cecila Morel, acenam apoiadores de varanda do Palácio de la Moneda, em Santiago, após seu primeiro discurso como presidente - Foto: Luis Hidalgo/AP Photo
Sebastián Piñera e sua esposa, Cecila Morel, acenam apoiadores de varanda do Palácio de la Moneda, em Santiago, após seu primeiro discurso como presidente – Foto: Luis Hidalgo/AP Photo

O conservador Sebastián Piñera fez um forte chamado à unidade nacional, em seu primeiro discurso após assumir, neste domingo (11), seu segundo mandato como presidente do Chile.

“O governo que inauguramos hoje será um governo que buscará sempre a unidade entre os chilenos, que substituirá a lógica errônea da retroescavadeira e do confronto pela cultura saudável do diálogo, dos acordos e da colaboração”, disse Piñera no palácio presidencial La Moneda, em Santiago.

O político já foi presidente entre 2010 e 2014. Dessa vez, deve enfrentar o desafio de governar com um Congresso dividido e a pressão de movimentos sociais que desejam aprofundar as reformas que Michelle Bachelet deixou inconclusas.

Piñera tomou posse neste domingo de manhã na sede do Congresso, em Valparaíso. Entre os presentes na cerimônia, estavam os presidentes Michel Temer, do Brasil, Maurici Macri, da Argentina, Enrique Peña Nieto, do México, Pedro Pablo Kuczynski, do Peru, e Lenín Moreno, do Equador, além do rei emérito da Espanha, Juan Carlos I.

Depois, foi para Santiago para protagonizar sua primeira atividade oficial: a visita a um centro de crianças vulneráveis, onde anunciou um acordo nacional pela infância e a criação do ministério da Família para melhorar a situação dos menores acolhidos em centros do Estado.

Posteriormente, foi para o centro da capital para receber as honras da guarda do palácio presidencial e o cumprimento de seus apoiadores, que se reuniram em frente ao edifício.

“Estamos comprometidos em ser um governo de progresso e solidariedade, que nos permita, em um prazo de oito anos, transformar o Chile em um país desenvolvido e sem pobreza”, disse a seus simpatizantes, acompanhado de sua esposa, Cecila Morel.

Em seu discurso se comprometeu com cinco grandes acordos em termos de infância, segurança cidadã, saúde, paz na região de La Araucanía (epicentro de um conflito com comunidades mapuches no sul do Chile) e derrotar a pobreza.

“Todas as vezes que nos dividimos, colhemos nossas derrotas mais amargas e dolorosas”, acrescentou.

Piñera venceu as eleições com a promessa de reativar uma economia que, com Michelle Bachelet, cresceu cerca de 2% nos últimos anos.

Congresso dividido
O novo Congresso do Chile foi formado pouco antes da posse de Piñera. O ambiente está fortemente fragmentado, e o novo presidente não conta com a maioria absoluta.

Presidentes de Peru,Pedro Pablo Kuczynski, do México, Enrique Peña Nieto, e do Brasil, Michel Temer, durante cerimônia de posse de Sebastián Piñera neste domingo (11) no Chile - Foto: Rodrigo Garrido/Reuters
Presidentes de Peru,Pedro Pablo Kuczynski, do México, Enrique Peña Nieto, e do Brasil, Michel Temer, durante cerimônia de posse de Sebastián Piñera neste domingo (11) no Chile – Foto: Rodrigo Garrido/Reuters

A coalizão governista “Chile Vamos” conta com 19 senadores e 72 deputados, enquanto a nova oposição de centro-esquerda tem 16 cadeiras na câmara alta e 43 na baixa. A esquerda radical, reunida na chamada “Frente Ampla”, subiu de três para 20 deputados e conta, pela primeira vez, com um senador.

A ascensão da Frente Ampla, coalizão de pequenos partidos chefiada por ex-líderes dos protestos estudantis de 2011, é considerada o maior chacoalhão na política chilena desde o retorno da democracia, após a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

Seu gabinete, anunciado em janeiro, foi criticado por alguns partidos por ter um aspecto econômico acentuado. Será composto por 7 ministras incluindo – Cecilia Pérez, a cargo da Secretária-geral de Governo – e 16 ministros, entre eles homens de sua extrema confiança em cargos-chave. Seis membros de seu novo gabinete já tinham sido ministros em seu primeiro governo. Cinco são do partido Renovação Nacional (RN), que representa setores da direita tradicional chilena.

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