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Em protestos raciais nos EUA, mulher é atropelada e morta por viatura policial

Da redação com G1
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Viatura policial atropela mulher em protestos raciais - Foto/Reproldução
Viatura policial atropela mulher em protestos raciais – Foto/Reprodução

Uma viatura policial do condado de Sacramento, na Califórnia, nos Estados Unidos, atropelou na noite de ontem uma ativista que se manifestava contra a morte do jovem negro Stephon Clark, que perdeu a vida em 18 de março por disparos da polícia, informaram neste domingo (1) fontes das forças de segurança.

Segundo um comunicado oficial, o fato aconteceu por volta das 20h40 locais (0h40 de domingo em Brasília), quando um grupo de “vândalos” cercou dois carros da polícia enquanto gritavam e desferiam fortes golpes contra os mesmos, chegando a ocasionar em um deles “arranhões, amassados e um vidro traseiro quebrado”.

O porta-voz do corpo de xerifes do condado de Sacramento, Shaun Hampton, confirmou que uma pessoa foi atropelada por um dos veículos, que estava em “baixa velocidade”. Segundo os jornais locais, a vítima, Wanda Cleveland, de 61 anos, foi hospitalizada com ferimentos leves.

Como foi o atropelamento?
O incidente foi gravado em vídeo e reproduzido por emissoras locais, como a “ABC10 News”. O vídeo começa com imagens de um grupo de aproximadamente 20 manifestantes que cerca os dois carros de polícia, agitando seus cartazes e com os braços para o alto, enquanto um dos agentes com um megafone pede várias vezes: “retirem-se do meu veículo, retirem-se do meu veículo”.

Então, os carros começam a avançar mais rápido e um deles bate em uma mulher e a deixa estendida no chão.

“Ele sequer parou. Me atingiu e fugiu. Se eu tivesse feito isso, eles apresentariam acusações contra mim”, disse a mulher ao jornal “The Sacramento Bee”. O incidente aconteceu depois de um dia de intensas manifestações para render homenagens a Clark, que tinha 22 anos quando morreu em 18 de março.

Jovem foi morto no quintal de casa

Naquele dia, dois agentes, Terrence Mercadal e Jared Robinet, dispararam até 20 vezes contra Clark no quintal da casa de sua avó porque achavam que ele era uma ameaça e portava uma pistola, mas, na realidade, o único objeto encontrado junto ao corpo era um telefone celular.

A jornada de ontem foi o quinto dia consecutivo de manifestações em Sacramento, e os protestos ganharam ainda mais força na sexta-feira, após a revelação de mais detalhes sobre a morte do jovem.

Uma autópsia não oficial, encomendada pela família, revelou que o jovem recebeu seis disparos nas costas, o que contradiz a versão da polícia, que um dia depois do incidente assegurou que os agentes “viram que o suspeito seguia em direção a eles, avançando com os braços estendidos e segurando um objeto em suas mãos”.

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