Uma idosa de 69 anos morreu na manhã desta quarta-feira (18) minutos após tomar a vacina contra H1N1, no Centro de Vacinação Municipal, no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia. Segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), da Conceição Macedo Silva sofreu uma parada cardiorrespiratória. A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informou que é “prematuro” relacionar a morte com a vacina.
Logo após ser imunizada, a vítima passou mal e desmaiou na calçada. Os socorristas foram acionados e tentaram reanima-la, mas ela não resistiu.
A superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim, afirmou que a morte não apresenta relação com a imunização.
“O quadro apresentado não é compatível com reação adversa da vacina. Tudo leva a crer que ela teve um infarto. Mesmo assim, o corpo será levado ao SVO [Serviço de Verificação de Óbito] para que a causa da morte seja investigada e definida”, disse ao G1.
Flúvia pontua que em casos de reação anafilática à vacina o paciente apresenta sintomas como coceira, coriza e inchamento da garganta. No caso da idosa, conforme ela, houve uma morte súbita.
Em nota enviada ao G1, a SMS informou que “é prematuro relacionar que o óbito foi provocado pela vacina contra a gripe”. O comunicado pontuou ainda a bula do medicamento não apresenta “nenhuma relação das doses com morte súbita”, como foi o caso de Maria.
Ainda segundo o órgão, as vacinas são “seguras e bem toleradas” e quem em mais de 100 mil doses já administradas desde o começo da campanha, nenhum caso de adversidade grave após a imunização foi notificado.
Estado de alerta
Goiás está em estado de alerta por conta da quantidade de casos de H1N1 registrados neste ano. O estado já tem 92 casos confirmados da doença e 13 pessoas já morreram.
Por conta disso, a campanha de vacinação foi antecipada e começou na última sexta-feira (13), dez dias antes do restante do país. Longas filas estão sendo formadas. A primeira remessa enviada pelo Ministério da Saúde tinha 648 mil doses. Além disso, a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) espera receber 300 mil novas doses.
A imunização protege contra dois subtipos da Influenza A – H1N1 e H3N2 – e um subtipo da Influenza B.
A secretaria disse não ter informação oficial sobre falta de vacina em postos de saúde. A primeira etapa da campanha é voltada a idosos, portadores de doenças crônicas, trabalhadores da saúde e indígenas.
A secretaria alertou para que as pessoas que procuram se vacinar fora das unidades públicas de saúde para que tomem cuidado. Segundo o órgão, apesar de não haver nenhuma denúncia formal, o medo da população pode gerar oportunidades de golpes de empresas que não têm autorização para realizar aplicações das vacinas.