Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE, a média mensal de rendimento per capita do mato-grossense em 2017 foi maior, sendo a terceira melhor do Centro-Oester e ficando entre as 16 melhores do Brasil. O rendimento per capita chegou a R$ 4.123 no ano passado sendo que em 2016 foi de R$ 3.854. Os dados ainda mensurarm a massa do rendimento mensal real domiciliar per capita efetivamente recebido no mês de referência, a preços médios do ano.
No Centro-Oeste a maior média foi de Goiás que aumentou de R$ 7.856 para R$ 8.685, o Distrito Federal, passou de R$ 7.307 para R$ 7.747 e Mato Grosso do Sul passou de R$ 3.514 para R$ 3.425. A média mensal da região, em R$ 2.512 é o maior do Brasil em 2017 ficando acima da média nacional que foi de R$ 2.178.
A massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita, em 2017, foi de R$ 263,1 bilhões sendo que 10% da população tiveram os maiores rendimentos ficavam com 43,3% do total. Os 10% menores rendimentos detinham apenas 0,7% da renda, o que mostra que a desigualdade no país continua.
A pesquisa mostra ainda que em 2017, o país tinha 207,1 milhões de habitantes. Desse total, 124,6 milhões (60,2%) possuíam algum tipo de rendimento. A região Sul (66%) teve o maior percentual de pessoas com algum rendimento, a Norte (52,6%) e a Nordeste (56,5%), os menores.
As pessoas com rendimento de todos os trabalhos correspondiam a 41,9% da população residente (86,8 milhões) em 2017, enquanto 24,1% (50,0 milhões) tinham algum rendimento de outras fontes. Em 2016, esses percentuais eram: 42,4% dos residentes tinham rendimento de todos os trabalhos (87,1 milhões) e 24% possuíam rendimentos de outras fontes (49,3 milhões).
A região Sul, em 2017, apresentou o maior percentual de pessoas com rendimento efetivamente recebido de todos os trabalhos (46,8%) e o segundo maior percentual com rendimento proveniente de outras fontes (25,9%).
Por sua vez, o Nordeste tinha o menor percentual de pessoas com rendimento efetivamente recebido de todos os trabalhos (34,7%) e o maior percentual daquelas que recebiam de outras fontes (27,8%).
Os dados fazem parte da pesquisa “Rendimento de todas as fontes”, um extrato da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada nesta quarta (11). É a segunda vez que os dados são compilados pelo IBGE e, por isso, não há comparações de médio e longo prazo.
CONCENTRAÇÃO – O rendimento médio mensal dos trabalhadores mais pobres no Brasil caiu a R$ 47 em 2017, ante R$ 76 no ano anterior, mostra o IBGE.
Esse contingente soma cerca de 4,5 milhões de pessoas, ou 5% de todos os brasileiros que tiveram renda do trabalho no ano.
A queda reflete a situação do mercado de trabalho no país, com o fechamento de vagas com carteira assinada. Também caiu a renda média dos trabalhadores que estão entre os 1% mais ricos, que passou de R$ 28.040 para R$ 27.213.
A pesquisa verificou estabilidade na desigualdade de renda no país. Assim como no ano anterior, os 10% mais ricos concentraram em 2017 43% da massa de rendimentos do país, que somou R$ 263 bilhões. A diferença salarial entre o 1% mais rico e os 50% foi de 36,1%, estável em relação aos 36,3% verificados em 2016.