Parte da ponte, localizada na rua Dom Pedro II, em Rondonópolis, precisou ser interditada depois de um desmoronamento da cabeceira de proteção. A data para liberação do trecho ainda não foi divulgada. Segundo a Prefeitura, o desmoronamento foi provocado pelas chuvas, no entanto, outros trechos da ponte também apresentam buracos. O local está sinalizado e o tráfego de veículos prejudicado.
O site Agora Mato Grosso entrevistou o Engenheiro Civil especialista em estruturas, Fábio Ricardo da Costa, que informou que o desmoronamento não tem nada a ver com a chuva e sim com a falta de manutenção preventiva. “Precisa ser realizada uma contenção na lateral, para que não haja um desabamento de toda terra e nem da parte de cima da ponte. Eles interditaram parcialmente a ponte, mas ainda existe o risco dela cair”, pontuou.
De acordo com o engenheiro é necessário que toda a estrutura do aterro da ponte seja construída, com uma contenção de concreto. “Se sair todo o aterro, consequentemente o tablado vai vir abaixo, o correto é fazer a contenção para que não ocorra o desabamento completo do asfalto, mas essa ponte já não tem manutenção há muito tempo, isso tudo aqui não é de hoje não”, explica.
Segundo o coordenador Interino da Defesa Civil, João Fernando Copetti Bohrer, a ponte está isolada a menos de 1 mês e os trabalhos não pararam. ” Isolamos a área e estamos cumprindo o monitoramento do local todos os dias, agindo em conjunto com a Secretaria Infraestrutura. O engenheiro que nos acompanhou informou que a estrutura da ponte está intacta. Sobre o desmoronamento, temos que aguardar estiar as chuvas, o nível está alto e a previsão é de chuva, não tem como mexer nesse período”, explicou.
A última manutenção dada na ponte foi no ano passado, segundo a secretária de Infraestrutura, Nívea Calzolari, a assistência aconteceu nos primeiros meses do ano de 2017, pois havia um buraco na pista.
Ainda de acordo com a secretária no início do mês de abril a ponte chegou a um ponto crítico e para evitar acidentes, a via foi parcialmente interditada. “Estamos há 60 dias monitorando a ponte, para que não tivesse nenhum deslocamento do aterro, e a manutenção será assim que estiver tranquilo quanto a oscilação do nível de água do rio”, disse.
O Engenheiro Civil da Prefeitura Municipal, José Renaldo, disse que enquanto não fizer uma contenção que preste, todos os anos serão a mesma coisa. “A ponte é forte, ela é mais segura que as outras construídas, ela não tem infiltração, o problema é o aterro do lado direito que precisa de uma contenção para segurar a terra. Ali embaixo deve ter uma ilha de tanta gambiarra que fizeram anos atrás e deixaram para o outro consertar. O problema é a cabeceira que está fofa e precisamos esperar o rio baixar. Mas fica um alerta, se der uma enchente grande vai ter que paralisar os dois lados e fazer uma contenção que preste”, diz.