Apesar da ampla divulgação de o movimento de paralisação dos caminhoneiros em todo Brasil tinha chegado ao fim depois de uma reunião entre o governo federal e sindicalistas ligados aos caminhoneiros, o que se vê em todo o país é que o movimento continua e pode até crescer.
Em pequenos atos nos pontos mais movimentados da paralisação, a grande maioria dos caminhoneiros reafirmam que suas reivindicações não foram atendidas e que os sindicalistas não tem representatividade para decidir pelo fim da paralisação, “Quem assinou lá nem caminhoneiro é, ninguém colocou sindicato no meio até agora, aqui somos todos autônomos, ou muda e melhora ou vamos permanecer parados”, disse Marcelo da Rosa (38), motorista de um caminhão baú que estava fazendo o trajeto Toledo (PR) x Sinop (MT), carregado com uma mudança.
De acordo com Marcelo, os motoristas vão deixar os pontos de paralisação só depois de terem suas reivindicações atendidas, “Isso não é greve, simplesmente deixamos de seguir viagem e não vamos fazer isso enquanto o governo não baixar o Diesel, proibir a cobrança de pedágio quando o terceiro eixo estiver erguido e outras coisas, com os custos de hoje estamos passando fome e se é para passar fome, passamos aqui parados”.
Segundo Leandro Guimarães Ribeiro (32), que é motorista de caminhão e mora em Rondonópolis, apesar do costumeiro desconforto que é ficar parado nas estradas a população de Rondonópolis tem ajudado muito ao movimento de paralisação, “A todo o momento estamos recebendo apoio dos moradores, seja incentivando o movimento ou fazendo doação de alimentos, água, café e até de botijão de gás”, revelou.
INTERVENÇÃO MILITAR
Assim como em outros pontos de grande paralisação, já se pode ver também no entroncamento das rodovias BR 364 / 163, faixas e adesivos com pedidos de intervenção militar. Apesar de questionados, nenhum caminhoneiro se manifestou sobre o assunto abertamente, mas pedindo para não serem identificados alguns se mostraram apoiadores da intervenção.
