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Presidente da Venezuela presta juramento e diz que não é culpado pela crise

Da redação com G1x
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Nicolás Maduro faz juramento nesta quinta feira (24) perante a Assembleia Constituinte como presidente reeleito na Venezuela- Foto: Marco Bello/Reuters
Nicolás Maduro faz juramento nesta quinta feira (24) perante a Assembleia Constituinte como presidente reeleito na Venezuela- Foto: Marco Bello/Reuters

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, prestou juramento nesta quinta-feira (24) como chefe de estado reeleito perante a Assembleia Constituinte, apesar de seu segundo mandato de seis anos começar a valer de fato em 10 de janeiro de 2019.

Delcy Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional Constituinte, perguntou a Maduro, que ficará no cargo até 2025, se ele jurava cumprir as leis da República, se será leal ao mandato do povo e se irá fortalecer o caráter anti-imperialista, antioligárquico e socialista da revolução bolivariana.

“Juro ante este poder Constituinte plenipotenciário, ante a Constituição (…) ante o povo da Venezuela cumprir e fazer cumprir a Constituição e levar adiante todos as mudanças revolucionárias”, disse Maduro, em sessão solene.

Também líder do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Maduro jurou “promover a união nacional”, a reconciliação do povo e ser leal ao legado de Símon Bolívar e de Hugo Chávez.

Não me culpem pela crise
O presidente da Venezuela se defendeu sobre a crise econômica que atinge o país e afirmou que responsabilizá-lo é uma “simplificação estúpida”, mas prometeu aumentar a produção de petróleo e abrir diálogo com líderes empresariais.

Ele rejeitou as críticas a sua legitimidade, e disse que elas são um plano dos Estados Unidos para sabotá-lo.

Maduro, ex-motorista de ônibus e líder sindical, também alertou que ele sozinho não seria capaz de reverter a economia.

“Só as pessoas podem salvar as pessoas … Quem vai nos salvar? Superman? Ou Super-Nico?”, perguntou ele, usando um apelido de seu primeiro nome. “Nenhum deles existe, mas nós temos Super-Pessoas.”

O presidente reeleito prometeu aumentar a produção de petróleo da Venezuela, atualmente na mínima em mais de 30 anos, em 1 milhão de barris por dia neste ano, mas não deu detalhes.

Ele disse que instruiu o major-general Manuel Quevedo, ministro do Petróleo e presidente da petrolífera estatal PDVSA, a procurar a Opep, a China e a Rússia, e também as nações árabes, se precisar de ajuda.

Maduro recebeu 58% dos votos na eleição deste domingo, que foi marcada por denúncias de fraude, tentativa de boicote da oposição, abstenção de 54% e falta de reconhecimento por grande parte da comunidade internacional.

A Mesa da Unidade Democrática (MUD), principal coalizão de oposição ao chavismo, não participou das últimas eleições por considerar que as condições de disputa não eram justas e transparentes. Eles consideram o pleito como uma fraude, mesma opinião de países como Estados Unidos e Brasil.

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