A Petrobras anunciou um novo reajuste na gasolina, que entrou em vigor nesta segunda-feira (14), nos postos de combustível de Rondonópolis. O consumidor já pode preparar o bolso, a gasolina que já estava R$4,17 foi para R$ 4,49. Pelo visto este não será o único reajuste deste ano.
No entanto o que chama a atenção do consumidor é que Rondonópolis está com um dos valores mais altos, se comparado a outras cidades do estado. O valor mais em conta foi encontrado na capital, onde a gasolina está em torno de R$ 3,69, em Jaciara chega a R$4,34, Alto Araguaia cerca de R$4,30.
Mais de seis postos de combustível em Rondonópolis já aderiram ao aumento dos valores no combustíveis, onde Etanol foi para R$2,82 e o diesel R$4,09. Já em Primavera do Leste a gasolina está R$ 4,75.
De acordo com corretor de imóveis Pedro Pereira, é insatisfatório o atual preço dos combustíveis. Segundo ele, o aumento é abusivo. “Não está bom para ninguém. A gente acaba sentindo muito no bolso. É tanto aumento que está compensando ir abastecer em Cuiabá e voltar”, disse.
A equipe do site Agora Mato Grosso entrou em contato com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso que informou por meio de nota que em todos os elos da cadeia de comercialização de combustíveis (Petrobras, distribuidoras e postos), o mercado é livre para definir seus preços. Vale lembrar também que quase 50% dos preços dos combustíveis é tributo.
Segue a Nota do Sindipetróleo
Sobre reajustes. Eles podem ser diários e as alterações de preços têm ocorrido com mais frequência principalmente pelo fato de que a Petrobras anunciou revisão da nova política de preços, em 30 de junho. Se a Petrobras aumenta ou reduz, a distribuidora pode seguir ou não, e o mesmo ocorre nos postos. Normalmente, repassam sim o reajuste, ou seja, nem sempre o posto consegue absorver majorações.
Sobre a diferença de preços entre as regiões de Mato Grosso, o mercado vive um momento de concorrência ferrenha entre as distribuidoras na capital, que acaba gerando comentários, principalmente dos consumidores, irritações e muita preocupação dos revendedores para com os negócios.
O mercado de etanol é o mais afetado. Desde outubro do ano passado, observa-se uma enorme interferência de determinadas distribuidoras no mercado dos combustíveis de Cuiabá e Várzea Grande, caracterizada pela prática de preços extremamente baixos e que provocam uma guerra ou uma concorrência bem mais acirrada, tanto entre as próprias distribuidoras, quanto pelos revendedores. Nem todos conseguem acompanhar as variações exacerbadas, tampouco mantê-las por muito tempo.
O resultado é que 24 postos já fecharam em menos de um ano, ainda que o comum seja a mudança de operador ou de proprietário. Infelizmente, há outros na iminência de encerrarem as atividades. Mas esses postos fecharam porque não conseguiram se sustentar por falta de condições diferenciadas junto às distribuidoras.