A Polícia Militar (PM) de Canarana recebeu nesta terça-feira (05), uma denúncia que um bebê morreu após o parto e foi enterrado por familiares em um terreno ao lado de uma residência, no bairro Nova Canarana, daquele município.
De acordo com os dados que constam no Boletim de Ocorrência (BO), uma indígena de 15 anos tinha dado à luz a uma menina prematura por volta do 12H e às 16H a criança veio a óbito. A família decidiu enterrar a criança em uma cova com cerca de 50 centímetros de profundidade e que tudo isso faz parte dos costumes e cultura dos índios, por isso não comunicaram nenhum órgão competente.
Por volta das 20H, os policiais receberam a informação e foram até o local onde o corpo da criança estaria enterrada, isolaram a área, acionaram a Polícia Judiciaria Civil (PJC) e a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) para constatar o óbito da criança.
Para a surpresa de todos que estavam na ocorrência, a criança estava viva, pois escutaram resmungos e choros. Os policiais só descobriram o fato durante o procedimento de retirada do corpo para levar até ao Instituto Médico Legal (IML).
No boletim, consta que um investigador começou a cavar e escutou o choro, conseguindo retirar a criança do buraco e a encaminhando até a urgência do Hospital Municipal de Canarana, onde a equipe plantonista identificou duas suspeitas de fraturas no crânio do bebê.
A recém-nascida foi encaminhada até o Hospital Regional de Água Boa e o estado de saúde é considerado bom pela equipe médica.
Durante relato a Polícia, a jovem disse que começou a sentir as dores da contração do parto e foi até o banheiro da residência, onde a criança nasceu.
Segundo ela, a bebê acabou caindo no chão e bateu a cabeça. Como não demonstrava sinais vitais, a família pensou que ela estivesse morta e então a enterraram. A jovem também foi encaminhada até o Hospital Municipal e depois seguiu até a delegacia, onde prestou depoimento com a avó da recém-nascida para à Polícia Civil.
Essas informações constam no BO de número: 2018.178418