Nascida com espinha bífida, a bebê Maria Helena Rodrigues Coutinho já respira sem auxílio do balão de oxigênio após passar por duas cirurgias no Hospital Regional de Sorriso, a 420 km de Cuiabá. As informações foram repassadas ao G1 pelo pai dela, Claudemir Alves Coutinho.
A primeira cirurgia foi realizada na terça-feira (12) para corrigir a malformação congênita, que consistia na falha no desenvolvimento da coluna vertebral e uma formação incompleta da medula espinhal e das estruturas que a protegem.
Segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT), logo após a cirurgia, o quadro de saúde da bebê foi considerado estável.
Na quarta-feira (13), Maria Helena passou por uma nova cirurgia, dessa vez para colocar um dispositivo responsável pela drenagem do excesso de líquido no cérebro, diminuindo, assim, a pressão intracranina.
De acordo com Claudemir, a bebê está sendo mantida na UTI e está bem, inclusive passando a se alimentar por meio da amamentação e não por sonda.
“Ela já mamou no peito e já está fora do balão de oxigênio, está respirando e reagindo bem, apenas se recuperando das cirurgias e tomando os medicamentos”, disse o pai.
Segundo o pai, a família já presenciou Maria Helena movimentando as pernas, o que é um bom sinal, segundo os médicos.
“O médico falou que, agora, só temos que aguardar para ver se o corpo nao rejeita a válvula [que foi implantada na cabeça]”, explicou.
Luta por UTI
Maria Helena nasceu de cesárea no dia 26 de maio, em um hospital particular de Juína, a 737 km de Cuiabá. Assim que nasceu, foi diagnosticada com espinha bífida, mas encaminhada para casa.
No domingo (3), ela começou a passar mal e os pais a levaram para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde ela foi medicada e encaminhada para casa.
Ao perceber que o quadro de saúde da filha não melhorava, os pais voltaram a procurar assistência médica e Maria Helena foi internada no Hospital Municipal de Juína, onde foi mantida em uma incubadora, por falta de vagas em hospitais do estado.
Na quinta-feira (7), a Justiça determinou à Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) para que providencie um leito e o tratamento necessário para a paciente. A decisão foi cumprida no final da tarde de domingo (10).