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Meninos presos em caverna na Tailândia dizem em carta a familiares que estão bem

Da redação com G1
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Os 12 meninos e o técnico presos em uma caverna do norte da Tailândia há duas semanas, conseguiram conversar com seus familiares através de cartas em que compartilham uma mensagem comum: “Estamos bem”.

Integrantes da elite da Marinha tailandesa publicaram neste sábado (7) as mensagens em seu perfil no Facebook. As cartas foram transportadas através de túneis subterrâneos parcialmente inundados ao longo da cavidade subterrânea para serem entregues aos parentes.

Essa foi a primeira comunicação deles com os pais, que acompanham os esforços de resgate na entrada da caverna, já que a instalação de uma linha telefônica falhou.

Night, que fez aniversário dentro da caverna, pede que os familiares não se preocupem com ele.

Tan, que é chamado de “Titan” pelos amigos, pediu que o irmão “esteja preparado para me trazer frango frito”, segundo a BBC.

Uma das mensagens trazidas pelos mergulhadores diz: “Não se preocupem, nós somos fortes”, de acordo com a transcrição feita pela France Presse.

Treinador pede desculpas

O treinador Ekapol Chanthawong, que é o mais velho do grupo, demonstrou sentimento de culpa em sua mensagem. Ele é alvo de críticas no país por ter levado os meninos a uma caverna que poderia ficar inundada durante as chuvas de monção.

Os familiares responderam que ele não deveria se culpar, segundo a BBC. “Os pais e as mães não estão zangados com você. Obrigado por ajudar a cuidar das crianças”, disse um casal. Outro escreveu para o filho: “Diga ao técnico Ake: ‘Não pense demais’. Não estamos chateados com ele”.

O grupo – composto por 12 adolescentes entre 11 e 16 anos e um adulto de 26 anos – entrou na caverna Tham Luang no dia 23 de junho, para se abrigar do tempo ruim, mas foi surpreendido por uma inundação.

Após nove dias de intensas buscas, que mobilizaram mais de 1.300 pessoas, eles foram localizados por dois mergulhadores britânicos na noite de segunda-feira (2), em uma ilha de terra firme a cerca de 4 km da entrada da caverna.

Os militares, entre eles um médico e um psicólogo, cuidam dos garotos, que recebem, além de comida, suplementos energéticos e vitaminas. Apesar de visivelmente magros, estão em bom estado de saúde, embora ainda estejam fracos para deixar o local, que está inundado.

Resgate difícil

Inicialmente, as autoridades estudaram deixá-los dentro das cavernas até o fim da estação chuvosa – o que poderia significar que eles ficariam presos por até quatro meses.

As equipes de resgate começaram então a bombear água para fora da caverna na tentativa de facilitar a saída do grupo, porém o risco de chuva forte pressiona as equipes de resgate.

Enquanto isso, os militares rastreiam o terreno da montanha na busca de uma cavidade na parte superior da montanha por onde o grupo poderia ser retirado com ajuda de um helicóptero.

Outra possibilidade seria o grupo mergulhar pelas passagens inundadas, o que é considerada uma opção de alto risco – embora seja considerada por especialistas ouvidos pela Efe, a opção mais provável. Para isso, os jovens e o técnico começaram um treino intensivo para aprender a mergulhar. Porém, alguns dos meninos não sabem nem mesmo nadar.

Oxigênio e morte do mergulhador

Na quinta-feira (5), o mergulhador Saman Kunan, de 38 anos, ex-membro da Marinha tailandesa, morreu quando voltava de uma missão para levar cilindros de oxigênio para a caverna. Ele era triatleta e tinha se voluntariado a participar da operação de resgate. A morte do mergulhador deixa clara a dificuldade dos esforços de resgate que as equipes enfrentam.

As autoridades demonstraram preocupação com a queda nos níveis de oxigênio na cavidade subterrânea, que caíram de 21% para 15%, e o aumento do dióxido de carbono.

“Conseguimos transferir cilindros de oxigênio até a cavidade, onde foram abertas. Agora a tarefa é manter o equilíbrio adequado” entre os dois elementos para que os meninos não se sintam afetados, disse Narongsak Ossottanakorn, governador da província de Chiang Rai.

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