A Gerência de Combate ao Crime Organizado da Polícia Judiciária Civil prendeu 121 criminosos em trabalhos investigativos de crimes de média e alta complexidade, ocorridos no primeiro semestre de 2018. Os casos tiveram repercussão em Mato Grosso, como a sequência de ataques a agentes penitenciários praticados entre os dias 22 a 24 de março, que culminou na operação Segregare, nesta terça-feira (02.07).
As operações desenvolvidas nos primeiros seis meses e começo de julho resultaram na desarticulação de organizações criminosas de roubos a bancos, ataques a órgãos e agentes públicos, defensivos agrícolas, furtos com arrombamentos de agências bancárias, tráfico de drogas e extorsão mediante sequestro.
Em coletiva de imprensa, na sede da Polícia Civil, o secretário de Segurança Pública, Gustavo Garcia, falou da atuação firme e técnica desenvolvida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). “Aqui no Estado de Mato Grosso investimos contra as organizações criminosas. Temos um enfrentamento firme, especializado e muito técnico. E isso logicamente incomoda porque temos hoje uma força integrada, uma atuação permanente com o Sistema Penitenciário da Sejudh, Polícia Militar, Polícia Civil e Politec. Todos esses órgãos estão atuando em conjunto e prendendo pessoas que tentam burlar as leis”, afirmou.
Os números de prisões de 2018 já ultrapassaram todo o ano de 2017, quando 89 criminosos foram presos e dobraram o ano de 2016, que terminou com 56 prisões efetuadas pelas equipes de delegados, escrivães e investigadores da unidade especializada.
As investigações são resultantes do emprego de inteligência, monitoramento e troca de informações permanentes entre as Polícias (Militar, Civil, Federal, Rodoviária Federal), Sistema Penitenciário da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), núcleos de inteligências das delegacias do interior, Diretoria de Inteligência da PJC, Inteligência da Secretaria de Segurança Pública e demais agências de inteligência, seja em território estadual ou nacional.
“Focamos no trabalho de inteligência, com o fortalecimento do nosso núcleo de inteligência e buscamos fazer ações constantes visando desarticulação de organizações criminosas. O trabalho integrado com outras instituições também foi fundamental para o sucesso das investigações”, observou o delegado titular do GCCO, Diogo Santana Souza.
Um dos trabalhos qualificados que tiveram intensa atuação foram as investigações contra organizações criminosas, cujas lideranças presas em unidades penitenciárias de Mato Grosso arregimentam criminosos de fora das grades para prática de crimes diversos, em que muitos causaram temor e pânico na sociedade, como os chamados “Salves” compartilhados via redes sociais. A maior parte dos envolvidos foi identificada e presa.