Após reunião entre a Prefeitura de Rondonópolis, a concessionária Rota do Oeste e também representantes de entidades de classe e do movimento comunitário, foi formada uma comissão que vai até a sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Brasília, para saber da possibilidade da construção de melhorias na travessia urbana, como passarela de pedestres, para que o município libere o início das obras de duplicação da BR-163 no trecho entre o “Trevão” e a Cervejaria Petrópolis.
A proposta foi aceita pelos representantes da Associação de Transportadores de Cargas de Mato Grosso (ATC-MT), da Associação Comercial Industrial e Empresarial de Rondonópolis (Acir) da Unisal e Uramb que defendem a construção dos novos equipamentos públicos de segurança (passarelas entre outros) e também no trecho de 2,5 km da BR-163 a ser duplicado pela concessionária.
Essa foi a terceira reunião entre a Prefeitura, entidades de classe e a comunidade com a participação de representantes da Rota do Oeste, isso depois que o prefeito José Carlos do Pátio (SD) resolveu endurecer e anunciar que não daria a anuência da Prefeitura para o início das obras de duplicação. “A empresa tem que ser parceira do município, não pode só vir aqui e faturar com a cobrança dos pedágios. Acho que eles podem fazer muito mais”, declarou o prefeito. De acordo com a assessoria de comunicação da empresa, o caminho (ANTT) apontado pela Rota do Oeste para que sejam incluídos novos escopos no contrato de concessão, já havia sido apresentado a prefeitura anteriormente, em pelo menos mais sete reuniões anteriores.
Depois de uma exposição de ideias em que em alguns momentos chegou a ter situações tensas, Pátio chegou a sugerir um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para deixar oficializada a forma de como seriam feitas as melhorias, porém, após ouvir novamente a sugestão dos representantes da Rota do Oeste, que o único caminho possível é pela ANTT, Pátio decidiu montar uma comissão para esclarecer junto à ANTT, como o município deve proceder e quais são os tramites para que as solicitações da administração municipal e da população possam ser incluídas no projeto de duplicação que deve se iniciar em breve.
O gerente de relações institucionais da Rota do Oeste, Roberto Madureira chegou a admitir que pode haver alteração nos valores cobrados no pedágio, pois as obras que serão feitas caso a ANTT autorize, não está no projeto original da duplicação, “Existe sim a possibilidade, mas esse valor a mais, por ser pouco em relação ao total da obra, pode ser diluído em mais tempo de concessão”, revelou.