Agora MT Mundo Mesmo rejeitando a legalização do aborto, tema deve voltar ao Congresso da...
MUNDO

Mesmo rejeitando a legalização do aborto, tema deve voltar ao Congresso da Argentina

Da redação com G1
VIA

Reações de ativistas pro e contra legalização do aborto na Argentina - Foto: Eitan Abramovich e Alberto Raggio / AFP
Reações de ativistas pro e contra legalização do aborto na Argentina – Foto: Eitan Abramovich e Alberto Raggio / AFP

O Senado da Argentina rejeitou na madrugada desta quinta-feira (9) o projeto de lei que legalizaria o aborto no país, mas a discussão sobre a interrupção voluntária da gravidez deve voltar ao Congresso do país vizinho ainda este mês.

Pelo texto rejeitado no Senado, seria possível interromper a gravidez durante as primeiras 14 semanas de gestação. O projeto previa também que o aborto fosse realizado em qualquer hospital ou clínica e obrigava o Estado a cobrir o custo do procedimento, dos medicamentos e dos tratamentos de apoio necessários.

Segundo reportagem do jornal “La Nación”, há ampla maioria de legisladores, tanto no Senado como na Câmara dos Deputados, que apoiam a possibilidade da despenalização, portanto é muito provável que seja aprovada. Essa nova forma da lei é uma posição intermediária que alguns senadores, ao verem que o projeto de legalização não vingaria, passaram a impulsionar.

O aborto ficaria mantido como um crime, mas com mais exceções do que o código atual. A mudança principal seria uma mulher não pode ser punida por causar seu próprio aborto ou permitir que outro o pratique. No entanto, de acordo com informações do “El Clarín”, permaneceria a punição para médicos e farmacêuticos que as auxiliassem.

Em outras palavras, se este novo Código for aprovado, não haveria mais na Argentina mulheres presas por praticar aborto. De acordo com os números oficiais do Ministério da Justiça argentino, entre 2007 e 2016, 63 pessoas foram condenadas por diferentes tipos de crimes relacionados ao aborto, informa “La Nación”.

Outra modificação importante do anteprojeto estabelece que qualquer mulher poderá interromper sua gravidez se for resultado de abuso sexual.

Além disso, se manteriam os casos que atualmente já são legais para o aborto no país: quando há risco para a vida ou a saúde física ou mental da mulher.

Relacionadas

Especiais

Últimas

Editoriais

Siga-nos

Mais Lidas