A contradição é a mais visível face da democracia brasileira, que agora polarizada e em período eleitoral faz os candidatos mudarem suas opiniões como as nuvens mudam de lugar.
É o caso do candidato a vice-governador na chapa do candidato empresário Mauro Mendes (DEM), Otaviano Pivetta (PDT). Em abril, ou seja, seis meses antes das eleições de 2018, ele declarou que não votaria em Jair Bolsonaro (PSL), pois considerava um político sem ação, que não se movimentou para combater a desgraça que acontecia no Rio de Janeiro e que criou uma dinastia, elegendo os filhos.
Agora o discurso de Pivetta, candidato a vice mudou. Vendo o crescimento de Bolsonaro, ele agora vota em Bolsonaro pelo simples fato de que o “capitão” seria a única alternativa a Haddad que representa a continuidade da atual situação que o Brasil se encontra.
Apesar disso, Pivetta não fala no seu candidato a presidente, Ciro Gomes (PDT), afinal ele está no mesmo partido do presidenciável. Será que Ciro e o PDT não representam a atual situação em que o país se encontra? E se não representa, porque Pivetta não apoia o candidato do seu partido? Será que é porque Ciro tem menos voto que Bolsonaro em Mato Grosso?
Vamos esperar mais alguns dias, até o 2° turno (se houver) para presidente e ver qual será o novo discurso conveniente de Otaviano Pivetta.