Os dois candidatos à Presidência da República que vão disputar o 2º turno, Jair Bolsonaro, do PSL, e Fernando Haddad, do PT, falaram nesta quarta-feira (10) sobre agressões na campanha eleitoral. Ambos fizeram apelos contra a violência.
O 1º turno foi realizado no domingo (7), com 13 candidatos. Bolsonaro venceu com 46,03% dos votos válidos. Haddad terminou com 29,28%. Ambos vão disputar a corrida presidencial no 2º turno.
Desde a votação de domingo, no entanto, houve diversos relatos de violência atribuídos a apoiadores de Bolsonaro e Haddad. Uma pessoa foi morta na Bahia.
Haddad também se mostrou preocupado com a escalada da truculência na campanha. Ele disse que propôs um pacto de não violência. “Estamos conversando com todas as forças que queiram conter a barbárie, que está em escalada no país. Nós temos que botar um fim nessa violência. É demais o que está acontecendo”, afirmou.
“Estamos recebendo mensagem de atos de violência em todo o país, alguns chegam à imprensa, outros não, além da continuidade das mentiras pelo WhatsApp e pelo Facebook. Isso precisa parar. Violência não se responde com violência”, escreveu o candidato petista em uma rede social.
Morte em Salvador
Na terça (9), Bolsonaro comentou o caso em que um simpatizante é suspeito de esfaquear e matar um mestre de capoeira na Bahia após uma discussão sobre política. Ele afirmou que o homem cometeu um excesso e lamentou o episódio.
“Pô, cara! Foi lá pergunta essa invertida… quem tomou a facada fui eu, pô! O cara lá que tem uma camisa minha, comete lá um excesso. O que eu tenho a ver com isso? Eu lamento. Peço ao pessoal que não pratique isso. Eu não tenho controle sobre milhões e milhões de pessoas que me apoiam”, disse o candidato, adversário de Haddad na corrida presidencial.
Segundo Bolsonaro, há violência e intolerância vindas dos simpatizantes de seu adversário. “A violência veio do outro lado, a intolerância veio do outro lado. Eu sou a prova, graças a Deus, viva disso aí”, disse.