Três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) vieram a público para repudiar uma fala do filho do candidato a Presidência, Jair Bolsonaro (PSL). Eduardo Bolsonaro (PSL), reeleito a deputado federal, disse que “basta um soldado e um cabo” para fechar o STF.
A reação da Corte em relação a esse comentário foi rápida e desde ontem (21), os ministros estão se manifestando e a declaração mais forte foi do ministro Celso de Mello, que classificou o filho de Bolsonaro como um “golpista”.
“Essa declaração, além de inconsequente e golpista, mostra bem o tipo (irresponsável) de parlamentar, cuja atuação no Congresso Nacional, mantida essa inaceitável visão autoritária, só comprometerá a integridade da ordem democrática e o respeito indeclinável que se deve ter pela supremacia da Constituição da República”, afirmou o magistrado, por escrito, ao jornal Folha de S.Paulo.
O ministro Marco Aurélio que é o 2° na linha de antecedência no Supremo, disse que: “vivemos “tempos estranhos” e que a fala de Eduardo Bolsonaro representa uma falta de “respeito com as instituições pátrias”. “Vamos ver onde é que vamos parar”, alegou.
Ainda ontem, em uma coletiva para falar sobre o combate às fraudes e notícias falsas nas eleições de 2018, a ministra Rosa Weber, do STF e também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que as instituições brasileiras estão “funcionando normalmente” e que os juízes brasileiros não devem “se abalar” com uma declaração que é, na sua visão, “de todo inadequada”.
