Após 12 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a jornalista Karine Alves de Almeida, de 24 anos, teve melhora e foi transferida, nesta quarta-feira (17), para a enfermaria do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Ela foi hospitalizada depois de ser encontrada ensanguentada, seminua e desacordada. A Polícia Civil apura se o namorado dela a jogou da caminhonete ou se a vítima, conforme ele afirma, se jogou do veículo.
O boletim médico divulgado nesta tarde afirma que o quadro de Karine é regular. A paciente está acordada e respira com auxílio de cateter nasal de oxigênio.
A jovem foi localizada em uma estrada de terra em Hidrolândia, na Região Metropolitana da capital, no último dia 5. O namorado de Karine, um biólogo de 40 anos que não quer ser identificado, levou a mãe dela, a dona de casa Anitta Marizete Alves, até o local para procurar a jornalista e, juntos, a resgataram.
Anitta acredita que o biológo agrediu a filha. “Minha opinião, como mãe, acho que ele bateu na cabeça dela com algum objeto. Ela desmaiou, caiu de frente, quebrou o nariz. Ele achou que ela estava morta e jogou ela na caminhonete [de onde ela teria pulado]”, afirmou a mulher, em entrevista à TV Anhanguera.
Crise de ciúmes
O namorado de Karine já prestou depoimento, mas o interrogatório não foi divulgado pela Polícia Civil. Antes de depor, ele disse à TV Anhanguera que a jovem pulou da caminhonete quando o veículo estava em movimento após ter uma crise de ciúmes. Eles voltavam de uma boate.
O biólogo afirmou que ele namorava, ao mesmo tempo, outra jovem. Segundo ele, todos se gostavam, tinham relações entre si e tudo era de “comum acordo”.
“Estamos torcendo [para que ela se recupere] o mais rápido possível. Temos que contar com o fator memória, porque ela já estava num estágio elevado de cansaço e entrou em coma. Ela vai falar a verdade, a Karine não tem intuito nenhum de me afetar. O que aconteceu foi um descontrole, foi um surto, um exagero. Ela voltando, ela vai colaborar com tudo, vai contar o que aconteceu e tudo vai ser desfeito”, afirmou.
O delegado Diogo Rincón, responsável pelo inquérito, disse que está colhendo depoimentos do caso, mas não passou detalhes para não atrapalhar as investigações.