A abertura do ‘Outubro Rosa’ aconteceu com um café da manhã nesta segunda-feira (1) na Associação de Pacientes Oncológicos de Rondonópolis (APOR), em Rondonópolis (MT). O ‘Outubro Rosa’ é uma campanha de conscientização que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e mais recentemente sobre o câncer de colo do útero.
Conforme informações do presidente da APOR, Flávio Rocha, durante o mês de outubro serão desenvolvidas várias campanhas e atividades de conscientização de prevenção para as mulheres.
“Nós focamos na prevenção, queremos dar acesso, condições das pessoas se prevenirem contra essa doença e a única forma é a prevenção”, explica o presidente Flávio.
A entidade é atualmente o único acesso filantrópico para realização do exame de mamografia para pacientes locais e 18 municípios da região. São atendidos por mês, uma média de 600 pacientes com exames preventivos (mamografia, ultrassom, biópsias e PSA) além de consultas e cirurgias. Tudo custeado por doações e um convênio firmado com o consórcio regional de saúde.
“Só nos meses de julho e agosto nós tivemos oito pacientes com casos positivos de câncer. Resultado assustador e entre as pacientes duas tinham idades de 29 e 30 anos, pessoas novas ainda. Todos os dias também chega para a gente mulheres com mais de 50 anos, com casos de câncer de mama na família e que mesmo assim nunca fizeram um exame preventivo. A grande maioria acaba voltando para casa com a notícia de um câncer, em grau avançado” pontua a enfermeira e gestora da APOR, Silvana Santana.
Ainda conforme o presidente Flávio Rocha, a APOR foi inaugurada em 2016 e desde então mais de 13 mil mulheres receberam atendimento na Associação. “No Brasil dados recentes mostram aproximadamente 60 mil novos casos de câncer de mama e em Mato Grosso 700 novos casos” finaliza Rocha.
Cada paciente atendido na APOR que tem resultado positivo para câncer é 100% tratado com ajuda de doações e parcerias feitas com médicos e laboratórios. Um custo que a entidade entende como “investimento para a vida”, uma média de 2.800 reais por pessoa. O paciente só volta para o atendimento do SUS na etapa de quimioterapia. Por mês são uma média de 130 mil reais investidos para manter uma casa de apoio – que fornece pouso e comida de graça para pacientes de outras localidades; exame de mamografia, ultrassom, PSA, biópsias, consultas com mastologista, ajuda de custo em cirurgias para retirada de tumores, além de café da manhã e almoço de graça todos os dias.
“Muitas pacientes veem de fora, outras cidades e nós oferecemos café da manhã e almoço para aquelas que precisam ficar até depois das 11h” explica Silvana.