Você sabia que as cirurgias de peito aberto (toracotomia) já são realizadas em Rondonópolis há mais de um ano e que tem um profissional que trabalha na máquina que substitui o seu coração e pulmão durante toda a cirurgia.
Somente em 2018 foram mais de 110 procedimentos cirúrgicos com circulação extracorpórea com baixo índice de mortalidade. Tudo isso de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A Santa Casa de Rondonópolis está habilitada junto ao Ministério da Saúde, para realizar as cirurgias de toracotomia. Rondonópolis é a cidade responsável por esses procedimentos na região sul do Estado.
De acordo com o vice-presidente da sociedade brasileira de circulação Extracorpórea, Fábio Murilo Costa é o único profissional habilitado para trabalhar em nossa cidade e esse é um procedimento realizado em cirurgias de alta complexidade que exige desvio cardiopulmonar.
“O profissional, tem a responsabilidade de manter o paciente vivo durante o procedimento, ou seja, enquanto coração e pulmão estão parados, esse profissional é quem comanda a máquina com as mesmas funções do nosso organismo, além de todos os cuidados com o paciente” explicou o Fábio.
Essa cirurgia é necessária que a equipe médica possa acessar órgãos que não poderiam, em tese, ser parados ou excluídos da circulação, pois são órgãos responsáveis pela nossa sobrevivência.
“Nessa máquina utilizamos insumos descartáveis de alta tecnologia, como oxigenadores de membrana (que faz o papel do pulmão) e biopump (função do coração) entre outros materiais importantes. Graças a circulação Extracorpórea que foi possível corrigir problemas cardíacos que antes não se conseguia e paciente tinha o único destino, a morte”
No entanto a circulação Extracorpórea demanda grande estudos, profissional capacitado e antenado com as tecnologias atuais e além disso, sempre estar por dentro de trabalhos científicos recentes da área.
Existem seis profissões regulamentadas a exercer atualmente a Circulação Extracorpórea: Medicina, Biomedicina, Fisioterapia, Farmácia, Biologia e Enfermagem.
Após a formação acadêmica nessas áreas, o profissional tem de passar por uma especialização ou residência especificamente em circulação Extracorpórea.
“Eu por exemplo, sou Biomédico, e fiz residência pela Unicamp em circulação Extracorpórea e Órgãos Artificiais” ressaltou Fábio.