O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, foi preso durante a operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (29), no Palácio Laranjeiras, residência oficial do chefe do Estado. A voz de prisão foi dada pela força-tarefa da Lava Jato. Com a prisão de Pezão, assume Francisco Dornelles, seu vice. Pezão é o 4° governador do Rio a ser preso.
A Operação é baseada na delação premiada de Carlos Miranda, operador financeiro de Sérgio Cabral, que também está preso, de quem Pezão foi vice. São investigados os crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção ativa e passiva.
De acordo com as investigações, “o governador integra o núcleo político de uma organização criminosa que, ao longo dos últimos anos, cometeu vários crimes contra a administração pública, com destaque para a corrupção e lavagem de dinheiro”.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Pezão teria recebido mais de R$ 25 milhões entre 2007 e 2015. O valor que, corrigido pela inflação, passa de R$ 39 milhões– seria incompatível com o patrimônio declarado pelo governador à Receita. A PGR pediu o sequestro de R$ 39 milhões de bens de Pezão.
Além do mandado de prisão contra ele, foram expedidos outros oito mandados de prisão:
- José Iran Peixoto Júnior, secretário de Obras
- Affonso Henriques Monnerat Alves Da Cruz, secretário de Governo
- Luiz Carlos Vidal Barroso, servidor da secretaria da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico
- Marcelo Santos Amorim, sobrinho do governador
- Cláudio Fernandes Vidal, sócio da J.R.O Pavimentação
- Luiz Alberto Gomes Gonçalves, sócio da J.R.O Pavimentação
- Luis Fernando Craveiro De Amorim, sócio da High Control Luis
- César Augusto Craveiro De Amorim, sócio da High Control Luis