As coisas que estão na superfície marcam a nossa rotina, ou seja, aquilo que
nos chega pelos cinco sentidos: comidas, bebidas, estímulos sexuais. Mas será que o
que marca nossas vidas vem apenas do nosso contato superficial com o que vemos,
provamos ou ouvimos? Neste texto, exporemos a importância além dos sentidos.
O mundo é muito mais do que aquilo que está ao alcance dos olhos. Um texto, as
palavras de um professor. Será que o livro é só para ler ou estudar? Será que a fala
professor é só matéria? No livro “O pequeno príncipe” nos é ensinado que “o essencial
é invisível aos olhos”. Mas como enxergar este invisível?
Primeiro é importante pensar que toda mensagem foi criada por um motivo. A
maioria das pessoas não se atenta sobre esse fato. Na música, talvez sim, pelo exercício
da repetição ao ouvi-la, a presença da mensagem fique mais nítida. Quando
descobrimos o valor de uma mensagem, experimentamos o verdadeiro sabor do
conhecimento. Neste aspecto, começamos a crescer de verdade.
Há pessoas das mais avançadas idades que nunca puderam estar em contato
com o crescimento tratado neste texto. Vivem suas vidas como se estivessem traçando
uma linha reta, repetitiva, medíocre…
Entretanto, existem outras pessoas que optam por traçar uma linha diferente em
suas vidas. Esses indivíduos escolhem trilhar o caminho da diferença. Escolhem fazer
perguntas e assim começar uma empreitada em busca das respostas.
A palavra diferença sempre foi vista com uma certa desconfiança pela
sociedade. Todavia foram os “diferentes” que ousaram, cada um na sua área, investir em
ideias que a maioria julgava ser um sonho distante. Foram estas pessoas que
construíram os grandes avanços de nossa humanidade. Eles traçaram a linha de suas
vidas de forma inusitada.
Para sair da linha rotineira da maioria, os diferentes, ou deveria dizer, os que se
destacaram utilizaram uma arma poderosíssima: a leitura. O ato de ler liberta o sujeito
do comodismo.
Ler ativamente, descobrindo motivos, fazendo relações, vendo além do que o
está ali posto nas páginas nos leva ao crescimento interior. Dessa forma, começamos a
galgar os degraus que irão nos deixar em um novo patamar em nossas vidas.
O primeiro degrau é a dedicação. Sim, a leitura exige empenho. Mais do que
isso, exige compromisso com uma nova forma de enxergar a vida, visto que quando não
se é mais escravo da rotina, uma reflexão nos vem à mente. O que fazer com o meu tempo? Os grandes nomes de nosso planeta apresentam duas ações como resposta:
adquirir conhecimento e vivenciar experiências.
O segundo degrau é a força de vontade. Neste patamar, pode surgir um desafio,
pois quando demonstra-se persistência para a sociedade ela retribui com inveja. Isso
pode fazer com que o futuro leitor desanime e abandone o seu objetivo. Porém, neste
momento, ele não pode esquecer o compromisso que tem com seu crescimento interior.
O terceiro degrau é a confiança. Neste estágio, começamos a colher os frutos
das horas dedicadas ao estudo e aprofundamento. Sabemos quem somos e para onde
queremos ir. O conhecimento advindo das leituras e a sabedoria vindas da experiência
se unem de forma a nos fornecer ferramentas para lidar com os mais diversos obstáculos
que surgem em nossa vida.
A confiança gera autoestima e, deste modo, surge uma sensação de felicidade
que nos faz querer adquirir mais conhecimento, vivenciar novas e diferentes
experiências. Voltar a estudar depois de muito tempo, escrever uma autobiografia, fazer
novas amizades, viver um novo amor. O mundo se abre com inesgotáveis possibilidades
e a sua única tarefa será escolher por qual estrada irá primeiro.
Muitas pessoas talvez te admirem, outras podem te julgar como louco. Mas
ninguém poderá saber de verdade o que ocorre no interior de sua psique. Lá no íntimo
de seus olhos vivos e ávidos por uma nova leitura estará um único sentimento reluzente:
realização.
Quer saber mais sobre os caminhos da leitura?