A forte chuva da última quinta-feira (06), deixou estragos em vários pontos de Rondonópolis e na Vila Canaã não foi diferente. O acesso principal no bairro ficou “literalmente” interditado depois que parte da terra foi arrastada pela força da água e um buraco ficou no local. Muitos moradores fazem a travessia pisando em pneus e tábuas colocados no córrego onde o esgoto corre a céu aberto.
Para a Luciana Pereira que é moradora há 13 anos, conta que a cada chuva a situação só piora.
“Quando chove a minha casa fica a um metro embaixo de água e eu só tenho uma geladeira, um fogão, uma televisão, minha cama, colchão e roupas. Aqui ninguém faz nada pelos moradores. As antigas manilhas já não aguentavam a vazão de água e agora colocaram uma menor”, desabafou a moradora.
No momento em que está reportagem estava sendo produzida, uma agente de saúde atravessava o local e não se conforma com a situação. Rose conta que antes da chuva, os moradores passavam por cima da estrutura de terra, situação que hoje não podem mais fazer.
“A gente se arrisca para não ter que caminhar mais, devido a volta que temos que fazer. Eu atravesso o córrego com medo de cair e me machucar, mas não tenho outra escolha. Esse é o caminho mais perto para o meu trabalho e tenho que me arriscar”, explicou Rose.
Cassilda Alves, é umas das primeiras moradoras da Vila e conta que o problema no local se arrasta por décadas.
“Moro aqui há 40 anos e quando ganhei a casa e o terreno do prefeito Cândido Borges Leal, o ‘Candinho’ ele fez o que pode na época, porém a cada chuva forte o “estrago” só aumenta e ninguém arruma, disse a moradora pioneira.
Em contato com a assessoria de imprensa da prefeitura para saber quais medida a Secretaria de infraestrutura (Sinfra) deve tomar, fomos informados que:
“A Secretaria de infraestrutura esclarece que foi pedida uma readequação no projeto referente as aduelas da região da Vila Canãa. A proposta original precisou ser reestruturada para dar mais vazão; pois havia risco de não atender a demanda de drenagem de água no local. As aduelas, de acordo com o novo projeto, que já está sendo executado, terão uma capacidade de vazão muito maior do que no projeto original. ”