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Protesto contra lei trabalhista termina em confronto na Hungria

Da redação com G1
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Manifestante põe fogo em lata de lixo durante protesto contra lei trabalhista na Hungria - Foto: Bernadett Szabo/Reuters
Manifestante põe fogo em lata de lixo durante protesto contra lei trabalhista na Hungria – Foto: Bernadett Szabo/Reuters

Centenas de manifestantes protestaram na madrugada desta quinta-feira (13) em Budapeste contra a nova lei trabalhista aprovada um dia antes no Parlamento da Hungria. Houve confronto com a polícia local, que reprimiu o protesto com gás lacrimogêneo.

O grupo marchou durante a noite até o Parlamento e a sede do partido Fidesz – o mesmo do primeiro-ministro, o nacionalista Viktor Orbán – contra o que os opositores chamaram de “lei da escravidão” . De acordo com a Reuters, o número de manifestantes chegou a quase 2 mil.

Houve tensão entre participantes do protesto e as autoridades, segundo a agência EFE. Fontes oficiais dizem que os manifestantes atiraram objetos contra policiais, e cinco agentes de segurança se feriram. A polícia, então, respondeu com gás lacrimogêneo.

Ainda assim, os protestos ficaram mais violentos. No centro de Budapeste, alguns manifestantes queimaram caçambas de lixo e vasos de plantas. O protesto só terminou na madrugada, quando a polícia conseguiu dispersar o último grupo, informou a revista “hvg”.

Mudanças na lei trabalhista
O governo apoiou a projeto da nova lei trabalhista desde o início, até conseguir obter a vitória por 130 a 52 no Parlamento.

Segundo a agência Associated Press, as mudanças incluem:

Aumento de 250 para 400 o número de horas extras permitidas a cada ano;
Empregadores podem fazer acordos de horas diretamente com trabalhadores, e não apenas em negociações coletivas com sindicatos;
Empresas poderão liquidar os pagamentos das horas extras acumuladas em até três anos. Antes, o prazo era de um ano.

O governo da Hungria argumentou que precisa flexiblizar a legislação para satisfazer os investidores e permitir que os trabalhadores ganhem mais por trabalharem mais horas.

A oposição afirma que a votação foi inválida e vai apresentar requerimentos legais para derrubar a medida. Parlamentares opositores a Orbán chegaram a ocupar a cadeira do presidente da Câmara para obstruir a sessão.

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