Com os serviços médicos paralisados desde o dia 7 de dezembro, devido aos atrasados salariais há cinco meses, profissionais que atuam na área médica da Santa Casa de Rondonópolis, anunciaram um pedido de demissão em massa para o próximo dia 2 de fevereiro. Segundo o governo do Estado, não existe uma previsão para o pagamento dos valores em aberto; e o corpo clínico da Santa Casa suspendeu todos os serviços eletivos prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), permanecendo apenas os atendimentos de urgência e emergência.
Alguns profissionais dizem que mesmo esses serviços e atendimentos de urgência, apresentam muita dificuldade para serem prestados.
Somente no setor de obstetrícia e ginecologia, são 14 médicos que receberam apenas em parte o último pagamento de salário no mês de julho. Diante disso, estes profissionais entendem que não há mais como continuar o atendimento.
As gestantes já enfrentam muita dificuldade para receber atendimento e com a paralisação dos serviços, recorrerem as unidades de saúde ou até a UPA 24 horas. Apenas casos graves são recebidos pela Santa Casa e caso não se consolide um acordo com os médicos, a situação vai piorar ainda mais para as gestantes de toda a região, já que Rondonópolis atende 19 municípios da região sul do Estado.
O novo secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, admitiu que há atrasos do Estado para com a Santa Casa de Rondonópolis em entrevista concedida para a imprensa da Capital. Segundo Figueiredo, os valores ficam em torno dos R$ 4 milhões e que a secretaria possui contas a pagar que passam dos R$ 400 milhões.
Ao assumir a pasta, Gilberto não assinou nenhum pagamento, porque não existem recursos disponíveis.
