O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) lamentou as mortes após o massacre que deixou ao menos dez mortos na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, a 50 km de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (13). Doria também prometeu mobilizar recursos para auxiliar as investigações, além de suporte aos familiares das vítimas.
“A cena mais triste que assisti em toda a minha vida. Muito muito triste. Fui ao local, fiquei consternado. Nunca tinha visto uma cena igual. A minha solidariedade às famílias e aos feridos”, disse o governador em entrevista coletiva no local da tragédia, ao lado do comandante geral da Polícia Militar, coronel Marcelo Vieira Salles, e do secretário da Segurança Pública paulista, general João Camilo Pires de Campos.
Em seguida, o governador decretou luto oficial de três dias no Estado, acompanhado de bandeiras a meio-mastro, em reação ao massacre.
Dinâmica do crime
De acordo com as primeiras apurações da polícia, antes de invadirem a escola os dois suspeitos teriam atirado contra o proprietário de um lava-rápido que funciona em frente ao local — o homem foi socorrido e passa por cirurgia.
“Ingressaram [na escola], atiraram na coordenadora pedagógica, em outro funcionário dentro da escola. Estava na hora do lanche, dirigiram-se para o pátio, atiraram em mais quatro alunos do ensino médio. Dirigiram-se ao centro de línguas. Os alunos se fecharam na sala com a professora. Eles [os atiradores] se suicidaram. Uma ocorrência gravíssima”, disse o coronel Maurício Vieira Salles sobre a dinâmica do crime
O comandante da PM revelou que os atiradores portavam um revólver calibre 38, uma “besta”, que é um arma medieval que dispara flechas, além de um arco e flechas.
Suspeita de bomba
Policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais da PM iniciaram uma varredura na escola, porque foram encontrados artefatos que podem ser explosivos.