A guarda da bebê indígena que foi enterrada viva pela própria família, em Canarana (a 723 km de Rondonópolis) deve ser concedida ao pai da criança conforme solicitação do Ministério Público Estadual (MPE) à Justiça de Mato Grosso.
A criança sobreviveu após permanecer durante seis horas debaixo da terra. O caso ocorreu em maio de 2018 e a criança foi enterrada logo após o parto.
Atualmente a menina tem 10 meses, está sob a guarda da Fundação Nacional do Índio (Funai) e acolhida na Casa da Criança e do Adolescente Hygino Penasso, em Canarana.
A avó da criança, Tapoalu Kamayura, de 33 anos, e a mãe dela, Kutsamin Kamayura, de 57 anos, foram presas à época e teriam premeditado o crime. As duas foram soltas e usam tornozeleira eletrônica imposta pela Justiça.
O pedido de adequação da concessão da guarda da menor será avaliado e, caso favorável, a menina, passará a viver com o pai biológico dela. Os pais da indígena são de etnias diferentes.
De acordo com o MPE, a bebê realiza exames médicos rotineiros, por meio da Casa de Saúde do Índio (Casaí), responsável atualmente por abrigar a menor.
LEIA TAMBÉM
Bebê indígena é enterrada viva e resgatada por policiais de Canarana
MPF e MPE acompanham caso de recém-nascida indígena enterrada viva
Médico confirma que bebê que foi enterrada viva poderá ser submetida a cirurgia
Ministério Público denuncia bisavó de bebê enterrada viva por tentativa de homicídio qualificado
Indiazinha enterrada viva começa a reagir ao tratamento
Bebê enterrada viva deixa UTI e já pode receber alta