Queda, descamação, oleosidade, frizz… as ameaças aos cabelos são muitas. Mas sem crise! SAÚDE listou setes problemas capilares pra lá de comuns no nosso país e ensina o que fazer para reverter a situação em cada um:
1) Queda
Essa é a principal queixa capilar nos consultórios. De acordo com a dermatologista Leila Bloch, de São Paulo, quando os fios caem além do normal por mais de três meses, é preciso marcar uma consulta para identificar a causa. “Pode ser um episódio de eflúvio. Nesse caso, o cabelo cresce de novo”, ensina.
Fatores como pós-parto, déficit de algum nutriente ou desbalanço hormonal estão entre os possíveis culpados pela perda. “Achando o motivo, buscamos resolvê-lo”, conta Leila.
Na calvície, a história muda. Como a origem do problema é genética, as medidas vão na linha de minimizar danos e atrasar o processo. Para isso, entram em cena loções, remédios, tratamentos à base de laser e até transplante capilar.
Doença nova na área
Os dermatos estão às voltas com um chabu recente: a alopecia frontal fibrosante. Ela tem acometido sobretudo as mulheres. Quando chega ao cabelo, deixando a testa enorme, já não há mais solução.
Por isso, se notar queda de fios das sobrancelhas, busque ajuda. É aí que o problema começa.
2) Descamação
A razão mais comum para o couro descamar, deixando a roupa cheia de plaquinhas brancas, atende pelo nome de dermatite seborreica – é a popular caspa. “Os homens têm mais propensão, já que o quadro está ligado a uma maior produção de sebo na área. E o hormônio masculino influencia nisso”, diz a dermatologista Aline Donati, da clínica DermaHair, em São Paulo.
A gordura extra serve de alimento para fungos que moram na cabeça. Eles degradam o óleo, liberando substâncias irritantes no couro. “Esse processo gera inflamação, que, por sua vez, leva à fabricação de mais gordura”, conta a dermato. Ou seja, é um ciclo sem fim.
Para dar pausa ao tormento, o primeiro passo é apostar em xampus anticaspa, próprios para combater o processo inflamatório e os micro-organismos. De acordo com a médica da DermaHair, como cada um age de forma diferente, o correto é eleger de dois a três e fazer rodízio.
Também evite banhos quentes, que contribuem para a oleosidade. Se necessário, o dermato receitará medicamentos.
3) Oleosidade
Alguns médicos estimam que 80% das pessoas têm algum grau de oleosidade no cabelo – pode ser leve, e nem incomodar, ou deixar o topo da cabeça brilhando de tanta gordura.
4) Frizz
Esse termo se refere àqueles fios quebradinhos que ficam arrepiados, deixando a cabeleira desalinhada. O dermatologista Adriano Almeida, diretor da Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC), diz que procedimentos químicos e térmicos, como escovas progressivas, além de uso de chapinha, secador e tinturas, são os principais motivadores das quebras.
Segundo a tricologista Mabe Gouveia, da clínica Valéria Marcondes, em São Paulo, é possível disfarçar a desordem com o uso de um reparador de pontas. “O produto ajuda a fechar a cutícula, a camada externa e de proteção dos fios”, justifica. Mas tem que utilizar com bastante parcimônia – caso contrário, o cabelo fica empastelado.
Bola de neve
Para dar uma sossegada nos cabelos revoltos, tem quem lance mão de chapinha e secador. Mas saiba: esses aparelhos podem ocasionar a quebra de novos fios. É frizz que não acaba mais.
5) Quebra
Enquanto o frizz é observado mais no topo da cabeça, tem fio que vai se partir só lá para o meio do comprimento. De novo, procedimentos térmicos e químicos estão por trás do quebra-quebra. “Eles alteram a textura do fio, deixando-o mais poroso”, esclarece Mabe.
Mas, se no frizz é preciso cautela ao escolher o produto – senão o couro acaba castigado com oleosidade -, aqui já é possível apostar em itens considerados mais pesados. Dá, por exemplo, para realizar uma reconstrução com queratina, a proteína que compõe o fio de cabelo.
Para chegar à dose certa (e não deixar o cabelo duro), vale a pena procurar um profissional.
Cabelos ao alto
Seja para ir à academia, amenizar o calor, seja para apenas mudar o visual, costuma-se prender os fios. Só não force demais a barra – ou melhor, o elástico. O aperto facilita a quebra. Portanto, dê poucas voltas. E priorize acessórios de algodão, tecido menos agressivo.