Uma família passou por um sufoco no momento em que transitava pela ponte de madeira do Rio Tarumã, na MT-339, que passa pelo assentamento Antônio Conselheiro, em Tangará da Serra (a aproximadamente 454 Km de Rondonópolis) durante o feriado de Carnaval, na terça-feira (5). Uma viga de madeira rasgou o assoalho do veículo em que a família estava, na parte de trás do passageiro, onde estava duas crianças.
Conforme informações do esposo da motorista, a família mora em Campo Novo do Parecis e estava passeando em Tangará da Serra. “Nós fomos visitar o tio da minha esposa. Ela foi passar pela ponte e a viga de madeira entrou. A minha filha de 10 anos estava no banco do passageiro. A sorte é que pegou embaixo do banco do passageiro e ergueu com a força. Aí minha filha começou a gritar e a minha outra filha que estava na cadeirinha também começou a gritar. A minha esposa conseguiu sair da ponte. O problema é que ninguém vê isso. Felizmente foi só um susto, danos materiais, mas pode ser que uma hora dessas caia um ônibus com criança, um caminhão. Tem que fazer um alerta especial. Pode ser que uma viga daquela que entrou no meu carro erga o veículo e joga ele para fora da ponte e acaba caindo. Até poderia ter acontecido isso com nós, “ desabafa o pai de família.
Ainda conforme informações, os sitiantes que moram em volta que estão tentando fazer alguma coisa para poder passar pelo local. “Os próprios moradores da região que cuidam da manutenção da ponte, porque se não a ponte já não existia lá. Só no meio da ponte, onde passa as rodas do carro que está mais ou menos, as laterais estão tudo podre,“ conta ainda o esposo da motorista.
Segundo relatos de populares, o governo prometeu asfaltar 20 Km da ponte em 2018, mas não fizeram nem 3 Km, que inclusive já está acabado. O local tem o tráfego muito grande de pessoas que liga Tangará e outras regiões. Ainda segundo relatos, a ponte do assentamento Bezerro Vermelho também passa pela mesma situação e no local trafega ônibus escolar.
O secretário de infraestrutura do Estado de Mato Grosso (MT), Marcelo Padeiro, disse que mais de 2.400 pontes passam pela mesma situação e que existe recurso do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), onde o município pode utilizar o recurso para a recuperação das pontes, mas o município está sendo ineficiente e omisso, não estão indo atrás. Inclusive disse que não tinha conhecimento do problema, já que o secretário de Tangará da Serra não relatou nada e muito menos foi atrás do recurso. Ainda conforme Padeiro, tem que partir do município o interesse de recuperar as pontes da região.