Representantes da Associação Nacional das Empresas Agenciadoras de Transporte de Cargas (ANATC), com sede em Rondonópolis (MT), divulgou uma carta aberta encaminhada ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, rebatendo as palavras do ministro durante uma palestra sobre a força dos “atravessadores” do transporte e que, desta forma, cria uma desigualdade no setor.
Apesar de acreditar que Tarcísio Gomes não estava se referindo as empresas agenciadoras de transporte de cargas, a Associação resolveu esclarecer o trabalho que é feito por elas.
“Essas empresas operarem no país de modo competitivo, gerando emprego e renda. Ale´m disso, demandam grandes estruturas, com escritórios, veículos, bases de abastecimento, e colaboradores qualificados. As referidas empresas fomentam grande parte da operação de frete rodoviário no país, adiantando muitas vezes até 90% do frete ao caminhoneiro, tendo que arcar com os riscos de recebimento junto ao cliente”, cita uma parte da carta.
Reunião em Brasília
Nesta quinta-feira (11), representantes da ANATC devem se reunir, em Brasília, com o vice-presidente da Comissão de Serviços de Infraestrutura, senador Wellington Fagundes (PR-MT).
Conforme o Diretor Executivo da Associação, Carley Fernando Welter, a grande preocupação é com a possibilidade uma nova greve de caminhoneiros. “Caso o governo não fique atento, pode haver sim uma nova paralisação”.
Ainda segundo Carley Welter, outro assunto a ser discutido e a Tabela de Piso Mínimo de Fretes. “O Governo, mais uma vez, irá subjugar os autônomos e os pequenos transportadores, impedindo os mesmos ao acesso de grandes volumes e oportunidades, pois uma vez definida e instaurada a insegurança jurídica, será muito mais vantajoso para um grande embarcador fixar contrato com grandes empresas transportadoras a preços muitas vezes inferiores”, disse.
ANATC
A Associação Nacional das Empresas Agenciadoras de Transporte de Cargas (ANATC) é formada por 20 transportadoras rodoviárias, com atuação nacional. O objetivo principal é a busca pelo mercado livre, sem burocracia e excesso de regulação estatal.
Ainda de acordo com as informações, são mais de 12 mil empregos, sendo mais de mil escritórios em todo o país.