O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TER-MT) julga nesta quarta-feira (10) o processo de cassação do mandato da senadora Selma Arruda (PSL). A juíza aposentada é acusada de cometer ‘Caixa 2’ durante a campanha de 2018, quando se elegeu ao Senado como mais votada por Mato Grosso. A ação foi proposta pelo adversário da senadora, o candidato Sebastião Carlos (Rede).
O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), solicitou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), a cassação da diplomação da senadora Selma Arruda, eleita pela Coligação ‘Segue em Frente Mato Grosso’, e de seus suplentes. Recaem sobre ela as suspeitas de contratações de serviços de campanha antes do período permitido. A parlamentar nega as acusações.
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9h48 – O advogado e ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que atua em defesa do PSD diz que a tese de defesa é simples, é mostrar o que está no processo, mostrar onde estão as provas. “Nunca vi na minha vida um processo com tanta prova com abuso de poder de ‘caixa 2’ como esse. É raro você ter prova documental e aqui nós temos prova documental. Então a tese de defesa é simples, mostrar os laudos. A disputa é dura pois tem tanta prova. Existem formas evidentes de que a campanha eleitoral foi financiada irregularmente. Antes da campanha do período eleitoral é evidente o abuso de poder, os pagamentos de ‘caixa 2’ feitos durante a campanha inclusive. Os cheques do próprio suplente é uma quantidade de provas que realmente chega a ser assustador. Eu fico imaginando como as pessoas que conhecem o direito querem fazer um ilícito tão mal feito né. Só posso ver que são pessoas que se julgam acima do bem e do mal. Então eles podem tudo e os outros não podem nada. Essa me parece ser a única explicação possível para a quantidade de provas e evidências indiscutíveis que nós temos nesses laudos.