Mirando o Palácio Alencastro, o suplente de senador, Fábio Garcia (DEM), afirmou ser fundamental que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), explique-se à respeito da denúncia que aponta o possível cometimento de ato de improbidade administrativa, no caso envolvendo o aluguel de um imóvel no Centro da Capital que nunca teria sido utilizado pela Prefeitura. Para o democrata, a denúncia é séria e precisa ser apurada.
Isso porque no Portal Transparência da Prefeitura é possível verificar que foram pagos pelo menos R$ 63 mil em aluguéis. De acordo com a Secretaria Municipal de Gestão, o imóvel passaria por readequações para que pudesse atender o fluxo da pasta de Habitação. Contudo, isso nunca ocorreu. A Câmara Municipal de Cuiabá decidiu, portanto, abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso.
Fábio Garcia diz que respeita o arquivamento do pedido de abertura de uma Comissão Processante visando afastar ou até mesmo caçar o mandato de Emanuel e preferiu não comentar o rótulo posto pelos vereadores da oposição de CPI chapa-branca. Isso porque o presidente, relator e membros da Comissão são parlamentares que compõe a base de Pinheiro na Câmara.
Contudo, não deixou de pontuar que chama a atenção o fato de nove vereadores terem votado favoravelmente pela abertura da Comissão Processante. Ocorre que, até então, a oposição era composta por apenas cinco parlamentares e a votação sinalizaria, portanto, uma perda da base de sustentação do prefeito na Câmara. “Ainda é cedo para falarmos em 2020. Mas eu, como presidente do partido, acho que o DEM tem plenas condições de ter candidato próprio na disputa pela Prefeitura da Capital”.
Garcia foi o deputado federal mais bem votado na Capital em 2014, com o apoio do então prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM). Fábio foi secretário em sua gestão no Alencastro, além de ser amigo pessoal e correligionário de Mendes. Atualmente no comando do Paiaguás, estima-se que Mendes deverá repetir a parceria política nas urnas em 2020.