Após ter interpelado o deputado federal do Paraná, Aliel Machado (PSB), quando o mesmo acusava os parlamentares de terem recebido a quantia de R$ 40 milhões em emendas parlamentares para votarem pela aprovação da reforma da Previdência, o vice-líder do Governo de Jair Bolsonaro, José Medeiros (PODE), representou, nesta quinta-feira (25), contra Machado no Conselho de Ética da Casa de Leis por quebra de decoro parlamentar.
“As acusações feitas pelo deputado constituem comportamentos incompatíveis com o decoro parlamentar, visto que ele omitiu intencionalmente a informação de que sua fala foi baseada em uma reportagem que citava ‘emendas parlamentares’ e não compra e venda de voto com pagamento de propina, como o deputado afirmou (…) Tais fatos demonstram a gravidade e o desrespeito do deputado Aliel Machado para com seus pares e com as instituições democráticas brasileiras”, diz trechos da representação.
Medeiros assegurou que não irá tolerar que oposicionistas do atual governo, que estiveram totalmente entrelaçados com a corrupção de gestões passadas do PT, venham a manchar a reputação da atual base governista e dos parlamentares que compõem a Câmara Federal neste mandato. “Muita gente do meio político que devia estar na cadeia sim, mas tem muito pai de família aqui. Tem muita gente decente aqui e eu não aceito que um malandro pegar um microfone desses e vim fazer insinuação que estamos pegando dinheiro para votar aqui. Isso é um desserviço ao parlamento brasileiro”, contrapôs.
Medeiros confirmou que ajudou na articulação para aprovação da reforma da previdência na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e realizou várias ligações a parlamentares para argumentar sobre sua importância. Porém, ele garantiu que não houve em nenhuma das discussões que participou qualquer insinuação de benefícios em troca de apoio.
“Passei o final de semana inteiro ligando pra deputado. Participei de todas as reuniões e não houve oferecimento, não houve nada. Mas querem enxovalhar. Com todo respeito ao passado da Folha de São Paulo, ela virou uma espécie de assessoria de comunicação do PT”, criticou, referindo-se ao jornal que foi o primeiro a trazer à tona a informação de uma possível compra de apoio para aprovar a reforma. (Com informações da assessoria de imprensa).