O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) não julgará nesta terça-feira (02), como previsto, a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) sobre suspeita de ‘Caixa 2’ e abuso de poder econômico contra a senadora Selma Arruda (PSL). O adiamento se deve a “motivo de força maior” para a ausência do juiz membro Ricardo Gomes de Almeida. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, ele comunicou o fato à Presidência nesta segunda-feira (01), às 14h.
O Tribunal não possui atualmente um substituto para ser convocado, uma vez que a lista para a escolha dos indicados da classe jurista ainda tramita perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ademais, a legislação eleitoral exige a presença de todos os membros do Tribunal no julgamento de ações que podem resultar em perda de diplomas.
Selma também trocou de advogados nesta segunda-feira (01) e já havia solicitado o adiamento do julgamento. Portanto, a ação passou das mãos do advogado Diogo Sachs para os advogados Fabio Helene Lessa e Paulo Inácio Dias Lessa. Este último é desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e já colaborou com a defesa da senadora, realizou defesa oral na sessão que reprovou as contas de campanha de Selma no TRE-MT.
Ainda que condenada pelo Tribunal, Selma precisa ser julgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que ocorra, ou não, a perda do mandato. A senadora é acusada pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) e pelos ex-candidatos ao Senado, Carlos Fávaro (PSD) e Sebastião Carlos (Rede), de ter ocultado gastos com publicidade feitos durante o período pré-eleitoral e a campanha de 2018. Uma nova data para o julgamento deverá ser decidida em reunião do Pleno, marcada para o próximo dia 03.