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Alimentos ultraprocessados são os maiores vilões do ganho de peso

Pesquisa mostra ingestão de 500 kcal adicionais e ganho de quase 1 kg em duas semanas

Da Redação
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Os alimentos ultraprocessados, que são os salgadinhos de pacote, macarrão instantâneo, biscoitos recheados e refrigerantes, são os maiores vilões do ganho de peso, de acordo com um estudo dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), nos Estados Unidos, publicado nesta quinta-feira (16) no periódico médico Cell Metabolism.

Alimentos ultraprocessados são aqueles produzidos com a adição de muitos ingredientes, como sal, açúcar, óleos e gorduras, além de substâncias sintetizadas em laboratório, levando a um maior prazo de validade em relação aos processados, além de alterações de cor, sabor, aroma e textura, segundo definição da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade).

Os pesquisadores observaram que a dieta à base de alimentos ultraprocessados levou a um consumo adicional de 500 kcal em relação a uma feita de alimentos minimamente processados. Além disso, as pessoas que consumiram alimentos ultraprocessados ganharam 0,9 kg em duas semanas e as que não consumiram, perderam o mesmo peso no mesmo período.

A pesquisa foi realizada com 20 pessoas, sendo 10 homens e 10 mulheres, com 31 anos em média e IMC (Índice de Massa Corpórea) em torno de 27, considerado sobrepeso. Elas foram internadas e divididas em dois grupos: um recebeu dieta com alimentos ultraprocessados e, o outro, com minimamente processados, durante duas semanas. Após esse período, as dietas se inverteram por mais duas semanas.

Os alimentos minimamente processados são aqueles encontrados na natureza ou transformados por meio de métodos como pasteurização, fermentação e refrigeração.

Os participantes recebiam três refeições diárias, com tempo de 1 hora para cada. Eles poderiam consumir o quanto desejassem.

Os participantes faziam exercícios e realizavam atividades durante a internação, como trabalhar, assistir a filmes e jogar videogames.

O estudo ressalta que, durante o período de dieta minimamente processada, as pessoas apresentaram redução do colesterol ruim (LDL) e dos triglicérides, e ainda redução da produção de grelina, hormônio da fome, e aumento do hormônio PYY, ligado a sensação de saciedade. Já durante a dieta ultraprocessada apresentaram maior ingestão de sódio.

O estudo conclui que a eliminação de alimentos ultraprocessados ​​da dieta diminui a ingestão de energia e resulta em perda de peso, enquanto uma dieta com uma grande proporção de alimentos ultraprocessados ​​aumenta a ingestão de energia e leva ao ganho de peso.

Os pesquisadores frisam que manter uma dieta saudável é mais oneroso do que ingerir alimentos ultraprocessados. “Os alimentos ultraprocessados ​​são mais baratos e mais convenientes do que preparar refeições usando alimentos integrais não processados ​​e ingredientes culinários”, afirmam.

“O estudo não abordou como as escolhas do consumidor entre refeições ultraprocessadas e não processadas podem ser influenciadas pelo custo e pela conveniência”.

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