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Em oito anos, número de empresas aéreas aptas a operar voo regular cai pela metade

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Avião decolando -Foto/Reprodução
Avião decolando -Foto/Reprodução

O número de empresas aéreas nacionais aptas a operar voos regulares caiu quase pela metade entre 2010 e 2018, mostram dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Em 2010, o Brasil tinha 23 empresas nesse setor, que inclui aquelas que fazem transporte comercial de passageiros, como Gol e Latam, e as que transportam carga. Ao final de 2018, eram 12.

O setor pode encolher ainda mais caso se confirme o fim das operações no país da Avianca. A empresa está em crise, passa por uma recuperação judicial e vem reduzindo o número de voos e também cortando funcionários.

A saída da Avianca levaria a uma concentração ainda maior do setor de transporte comercial de passageiros nas mãos de Gol e Latam, que respondem por 67% do mercado. A Azul, terceira maior, tem 20%.

A maior parte das empresas que deixaram de operar no país desde 2010 era de transporte de carga. Entre as que transportavam passageiros e pararam de voar estão a Trip, que se fundiu à Azul, e a Webjet, comprada pela Gol em 2011.

Estão nessa relação ainda a Puma, que faliu, e a Noar, que deixou de operar após um acidente com um de seus aviões, que caiu no Recife e provocou a morte de 16 pessoas.

O G1 pediu à Anac que comentasse as razões que levaram à queda no número de empresas aéreas regulares no país, mas a agência informou que “não faz análise sobre o comportamento do mercado”.

O professor de Transporte Aéreo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Respicio do Espirito Santo, disse que as empresas que deixaram de operar no período, especialmente as cargueiras, são pequenas e normalmente contam com poucos aviões.

Por isso, e como as margens de lucro são apertadas, avaliou, variações na economia acabam comprometendo as finanças e essas empresas acabam encerrando as atividades.

“Apesar do período de crescimento da economia verificado em parte desse período, não foi suficiente para sustentar a operação dessas empresas”, disse o professor.

“O custo de operação no Brasil é muito alto e não dá para repassar diretamente para o preço da passagem. Quem não tem fôlego financeiro muito bom vai acabar fechando.”

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) não comentou especificamente a variação no número de empresas aptas a voar, mas, segundo a entidade, “a evolução de custos é a preocupação central do setor”.

“Temos uma grande distorção de custos no Brasil em relação ao cenário mundial, o que fica sempre mais complicado em ciclos de alta de preços do petróleo, de desvalorização do real e mesmo de muita flutuação do câmbio”, informou a Abear, destacando que, no terceiro trimestre de 2018, o combustível representou 31,7% dos custos do setor.

Estrangeiras e táxi aéreo
Os dados da Anac mostram que o número de empresas estrangeiras aptas a operar voos regulares no Brasil também caiu, mas numa proporção menor: eram 65 em 2010 e 76 em 2013. Mas ao final do ano passado foram a 57.

Assim como no caso das nacionais, esse grupo reúne empresas que operam voos ligando o Brasil a outros países, tanto para transporte de passageiros como de cargas, entre as quais, por exemplo, Aerolíneas Argentinas, Air China e Lufthansa Cargo.

De acordo com a Anac, entre as estrangeiras que deixaram de operar no país no período estão a uruguaia Pluna Líneas Aéreas, que anunciou em 2012 que suspenderia seus voos devido a dificuldades financeiras. E a norte-americana United Air Lines, incorporada pela Continental Airlines.

Também estão nessa lista a Insel Air International e Insel Air Aruba, cujas autorizações foram cassadas; Los Cipreses S.A do Brasil (BQB Linhas Aéreas); Sata Internacional; e Transaero Airlines, que, informou a Anac, encerraram suas atividades no Brasil.

Também vem caindo desde 2010 o número de empresas de taxi aéreo no Brasil. Eram 185 em 2010 e 117 em 2018, uma redução de 36,7%.

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