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SUS poderá fazer cirurgia de mudança de sexo

Da redação com G1
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Imagem: Sus
Sus – Foto/Reprodução

O Ministério da Saúde autorizou formalmente que o SUS realize procedimentos médicos, incluindo a cirurgia, relativos à redesignação sexual feminina para homens trans – pessoas que nascem com vagina e reivindicam o reconhecimento social e legal como homens. De acordo com a portaria nº 1.370 publicada no Diário Oficial nesta segunda-feira (24), esse tratamento foi incluído na tabela de procedimentos, medicamentos, órteses, próteses e materiais especiais, mas precisa ser pedido por uma decisão judicial.

O texto detalha que a redesignação sexual no sexo feminino consiste em “vaginectomia e metoidioplastia com vistas à transgenitalização feminino para masculino impostas por decisão judicial”. Ela só pode ser realizada em caráter experimental.

A vaginectomia é um procedimento cirúrgico que remove toda a vagina ou parte dela. Já a metoidioplastia é um procedimento que inclui tratamento hormonal para fazer com que o clitóris se aproxime ao tamanho e à forma de um pênis.

Ainda não está formalmente autorizada no SUS a redesignação sexual sem que o paciente entre com ação judicial pedindo essa mudança de sexo. Segundo a normativa, o paciente deve ter idade de 21 a 75 anos. A permissão inclui a cirurgia e o acompanhamento clínico pré e pós-operatório.

Formalização
De acordo com a advogada Marina Zanatta Ganzarolli, presidente da Comissão Especial da Diversidade Sexual da seção São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a portaria é uma formalização de “uma luta bastante longa” dos transexuais.

Especialista nos direitos LGBTQ+, ela detalha que o tratamento para assumir outro sexo pode incluir, também, a retirada das mamas ou a implantação de próteses mamárias. Embora esses procedimentos já venham sendo realizados, eles ainda dependem de ação judicial para homens trans – pessoas que nascem com o sexo feminino e assumem identidade masculina.

As cirurgias de mulheres trans – pessoas que nascem com o sexo masculino e assumem identidade feminina – já são feitas há mais tempo e encontram mais facilidade de realização do que a dos homens trans.

“A produção de dados para homens trans ainda é incipiente”, afirma Ganzarolli. “Quando você depende de alteração judicial para alterar o nome, para conseguir uma cirurgia, para conseguir a hormonoterapia, você restringe isso àqueles que têm mais acesso a recursos jurídicos”, diz.

De acordo com a representante da OAB, o sistema de saúde ainda precisa se adaptar a diversos fatores que são problemáticos para o público LGBTQ+.

“O homem trans que não fez a cirurgia continua tendo que passar por tratamento ginecológico. Mas se ele já mudou seu nome para o masculino, o sistema não o permite fazer um exame papanicolau por exemplo”, afirma. Ela diz, ainda, que desde 1999 estão proibidos tratamentos ou terapias para cura da homossexualidade.

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