A tentativa de acordo entre o Governo do Estado e os profissionais da educação de Mato Grosso não aconteceu. Durante assembleia realizada nesta segunda-feira (01), em Cuiabá, os servidores decidiram manter a greve que completou um mês na última sexta-feira (27).
Desta vez, o governador Mauro Mendes, propôs um cronograma para convocação de concursados e reformas de escolas deterioradas. Não houve acordo.
Entre as principais reivindicações da categoria está a garantia da Lei da Dobra do Poder de compra dos profissionais, com reajuste salarial de 7,69%.
No entanto, o governo afirmou que só vai conceder o aumento quando o Estado conseguir atingir a Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 49% do orçamento.
Quanto a outra proposta feita pelo governador Mauro Mendes em audiência de conciliação na última semana de fazer os pagamentos dos pontos se os profissionais retornarem as atividades, foi rejeitada pelos servidores.
CONFIRA A NOTA NA ÍNTEGRA DO GOVERNO DO ESTADO:
Sobre a greve parcial comandada pelo Sintep, que abrange no momento 42% dos profissionais da Educação, o Governo do Estado de Mato Grosso esclarece que:
1. O governo já demonstrou ao Sindicato que está impedido legalmente, pela Lei de Responsabilidade Fiscal federal, de conceder qualquer aumento salarial;
2. As condições financeiras não permitem a concessão do reajuste. Vale lembrar que o salário de todos os servidores públicos ainda é pago de forma parcelada;
3. Hoje Mato Grosso já paga o 3º melhor salário do país aos professores, que em média, recebem por mês R$ 5.800,00, o dobro do que paga uma escola particular e a maioria das prefeituras. Apesar disso, a qualidade da nossa educação no ensino médio é a 21º entre os Estados, conforme o ranking do Ideb.
4. Cada aluno da escola pública custa aproximadamente R$ 700,00 por mês, para a sociedade. De cada R$ 100,00 do orçamento da Educação, R$ 95,00 são para pagar salários. Os R$ 5,00 restantes são destinados à merenda, transporte escolar e reforma/manutenção de escolas.
5. O Governo já atendeu todas as reivindicações do Sindicato, menos a concessão do reajuste, porque a lei e as condições financeiras do Estado não permitem.
O Governo reafirma que se mantém aberto ao diálogo, pela construção de uma educação de qualidade.
Conclamamos aos 42% de professores, que ainda estão em greve, para retornar à sala de aula, não prejudicando ainda mais os nossos alunos.
Governo de Mato Grosso