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Lavradora engravida um ano após fazer laqueadura de trompas e vai ter gêmeas

Caso ocorreu em Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador

Da redação com Voz da Bahia
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Imagem: gravidez lavradora 2
Andrea e os quatro filhos- Foto: Reprodução/ TV Bahia

Uma mulher que mora no distrito de Maria Quitéria, em Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador, engravidou mesmo depois de ter feito a laqueadura das trompas para evitar uma nova gestação. A lavradora Andrea Santos, de 28 anos, é mãe de quatro meninos. As crianças têm 10 meses, 4, 9 e 13 anos. Andrea vai ter gêmeas.

Ela ainda ficou grávida de uma menina, que nasceu prematura, não resistiu e morreu.

Após o nascimento do filho de 10 meses, Andrea decidiu pela laqueadura de trompas, processo de esterilização definitiva que fecha as tubas uterinas para impedir a descida do óvulo e a subida do espermatozoide. O procedimento foi feito logo após o parto do caçula.

Andrea passou pelo procedimento há menos de um ano, no Hospital da Mulher, em Feira de Santana, mas este ano, a lavradora descobriu que está grávida e de gêmeas. A lavradora descobriu a gestação, em julho, após sentir dores e procurar por um médico. Ela está com pouco mais de três meses.

“Senti uma dor do lado da barriga, então fui fazer uma ultrassom abdominal. Quando fui fazer a transvaginal [exame] veio a certeza da gravidez. Depois de cinco cesáreas, estou preocupada”, disse.

A lavradora contou que a médica que fez a laqueadura de trompas garantiu que ela não teria mais filhos.

“Ela [médica] falou assim: é, mãe, você não vai parir mais nunca. Ela me deu a certeza que eu estava ‘ligada’ e não ia parir mais. Como é que eu ia me prevenir, tomar remédio? Não podia, se ela me deu a certeza [de que ela não podia mais engravidar]”.

A lavradora está preocupada também por conta do risco da sexta gravidez.

“Depois de cinco cesáreas, agora a sexta. Eu fiquei mais triste por causa disso”, disse a lavradora bastante emocionada.

A família está preocupada, também, porque a última gravidez da lavradora foi de risco. “Muito preocupada com minha filha, porque eu vi ela passando mal. Esse parto dela [o último] foi um perigo”, disse Rosimeire Santos, mãe de Andrea.

Outra preocupação da família é como manter mais crianças. Andrea e o marido trabalham como lavradores, na zona rural de Feira de Santana. Eles vivem em uma casa humilde. No momento em que a equipe de reportagem esteve no local, a geladeira estava quase vazia.

“Já fica mais complicado com mais uma gravidez agora”, disse Andrea.

A diretora-médica do Hospital da Mulher, Andrea Alencar, que também é ginecologista e obstetra, confirmou que a lavradora fez a laqueadura na unidade de saúde, e disse que o método não é 100% seguro e que existe uma possibilidade mínima de acontecer uma gestação, principalmente no primeiro ano após o procedimento ser feito em mulheres com menos de 34 anos.

“O que aconteceu, com certeza, foi uma recanalização tubária, que é o que a gente chama fístula, que se formou nos coutos que foram cortados e suturados dessa cirurgia. A laqueadura tubária é considerada entre os métodos definitivos para planejamento familiar, assim como a vasectomia. Porém, o próprio Ministério da Saúde cita que a ocorrência de gravidez, mesmo com a paciente que fez laqueadura tubária, é [possível] em torno de 0,5% no período de um ano. Não existe na literatura médica um método 100% seguro para se evitar uma gravidez, a não ser uma abstinência sexual. Essa paciente [Andrea] foi operada para cesariana, tinha indicação clássica de realizar a laqueadura tubária, porque ela estava na quinta cesárea e há um risco de vida materno e fetal para gestações posteriores”, disse a diretora-médica.

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