Futuros servidores já aprovados em concursos lançados pelo Estado e aguardando suas nomeações terão que esperar até 2020. Isso porque o Governo do Estado não pretende aumentar as despesas com a folha salarial este ano, pois a ordem continua sendo reduzir custos para se readequar ao limite de 49% fixado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), patamar que atualmente está na casa dos 58%.
Em entrevista na tarde desta quinta-feira (15), no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT), o governador Mauro Mendes (DEM) foi enfático ao dizer que o próprio servidor precisa entender que o Governo do Estado não pode inchar a máquina pública.
Mendes revelou que recebeu uma demanda de todos os seus secretários, analisou e concluiu que é inviável atender as reivindicações. “Se nós fossemos hoje trazer pra dentro do governo todas as demandas que existem mapeadas e identificadas em todas as secretarias, nós aumentaríamos a folha em mais de R$ 750 milhões por mês”, disse.
Dessa forma, ele deixa que não tem condições financeiras para atender as necessidades. “Se isso acontecesse, dificilmente nos próximos 10 anos esses servidores teriam RGA. Então nós temos que fazer o Estado crescer, a economia crescer, sendo eficiente, trabalhando com tecnologia. E, obviamente, abrindo espaço abaixo dos 49% poderemos até chamar alguns servidores em algumas áreas”, destacou o chefe do Executivo. Ou seja, somente a partir de 2020, conforme as projeções do Governo quanto a melhora na arrecadação.
O governador deixou enfatizou que a Lei de Responsabilidade Fiscal é clara ao mostrar que o Estado estourou os 49%. “E temos várias vedações. Vedação de fazer concurso, vedação de várias naturezas e temos que cumprir isso. Tenho falado isso muito claramente aos servidores, com muita franqueza, que a lei é pra valer, o Supremo já falou sobre esse tema, o Tribunal de Justiça também”, reafirmou o democrata.
RESULTADOS POSITIVOS
Por outro lado, Mendes também disse que está contente porque nesses sete meses de seu governo, as coisas estão começando a funcionar diante dos vários enfrentamentos travados desde que assumiu o Palácio Paiaguás em janeiro deste ano. “Os servidores começam a entender, muitos já entenderam qual é o game, qual é o jogo que tem que ser jogado para o bem da sociedade, para o bem do Estado e para o bem do próprio servidor”, observou.