Ao participar de uma audiência pública nesta segunda-feira (12), o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), defendeu que a classe política, sociedade civil organizada e os órgãos fiscalizadores se unam em prol do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para a retomada e conclusão da obra que está paralisada desde dezembro de 2014 e já consumiu mais de R$ 1 bilhão do valor orçado inicialmente que era de R$ 1,477 bilhão.
A audiência foi realizada pelo Instituto de Engenharia de Mato Grosso em parceria com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA- MT) para debater a retomada das obras do modal que foi lançado ainda em 2012 com a promessa de ficar pronto antes de junho de 2014 para atender a demanda de moradores e turistas durante a Copa do Mundo da Fifa, pois Cuiabá foi uma das subsedes.
Pinheiro ressaltou que é preciso agir de forma transparente e expor os estudos sobre o tema, que segundo ele, ninguém ainda sabe a realidade dos fatos, qual a projeção da tarifa e se realmente terá que ser subsidiada. “Esse sistema, em tese, é intermunicipal e hoje tem um subsídio muito baixo, praticamente a gratuidade no intermunicipal inexiste, a não ser no caso dos idosos. Então, seria mantida a tarifa cheia, sem subsídios, que dá mais sustentabilidade para o sistema”, disse o prefeito.
O gestor ponderou que independente de partido, toda a classe política precisa se unir para buscar uma saída viável que seja pela conclusão da obra. “Sozinho eu temo que o governo do Estado não vai conseguir sair desse emaranhado que foi herdado e pelo bem da população, além da grande transformação que ganharíamos no transporte coletivo e mobilidade urbana em geral, temos que nos unir”, alertou Pinheiro.
A obra do VLT foi iniciada em agosto de 2012, consumiu mais de R$ 1 bilhão e foi paralisada em dezembro de 2014 no término da gestão de Silval Barbosa. No governo de Pedro Taques (PSDB) houve a rescisão unilateral do contrato enquanto o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande tenta revalidar o contrato. O Tribunal de Justiça decidiu a favor do Estado e manteve a rescisão contratual. Os advogados do grupo de empresas responsáveis pela obra prometeram recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Agora cabe ao governador Mauro Mendes (DEM) decidir se retoma a obra ou se desiste de vez, pois as estimativas apontam para a necessidade de injetar mais R$ 1 bilhão para a conclusão da obra.