Os funcionários dos Correios anunciaram que estão em greve por tempo indeterminado. A greve foi decretada na noite dessa terça-feira (10) em assembleias realizadas em diferentes estados do país.
Em Rondonópolis cerca de 35 funcionários amanheceram com os braços cruzados, conforme explica o representante do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect) da região sul em Mato Grosso, Jonas Oliveira.
Segundo a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadores dos Correios (Findect), a “decisão foi uma exigência para defender os direitos conquistados em anos de lutas, os salários, os empregos, a estatal pública e o sustento da família”.
Os funcionários protestam contra as privatizações propostas pelo governo federal e em defesa do acordo coletivo da categoria. Os trabalhadores querem impedir a redução dos salários e de benefícios, e é contra a privatização da estatal, que foi incluída no mês passado no programa de privatizações do governo Bolsonaro.
De acordo com o Sindicato, a Empresa Brasileira de Correios (ECT) e o governo federal teriam se negado a negociar com a categoria em assembléia realizada nessa terça (10), no Rio de Janeiro.
Os Correios disseram, em nota, que as federações expuseram propostas insustentáveis para a empresa.
NOTA NA ÍNTEGRA
“Esclarecemos que Correios participaram de dez encontros na mesa de negociação com os representantes dos trabalhadores, quando foi apresentada a real situação econômica da estatal e propostas para o Acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado na ordem de R$ 3 bilhões. Mas as federações, no entanto, expuseram propostas que superam até mesmo o faturamento anual da empresa, algo insustentável para o projeto de reequilíbrio financeiro em curso pela empresa.
No momento, o principal compromisso da direção dos Correios é conferir à sociedade uma empresa sustentável. Por isso, a estatal conta com os empregados no trabalho de recuperação financeira da empresa e no atendimento à população”.