A chegada do ministro da Educação, Abraham Weintraub, no aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, foi marcada por um protesto de estudantes e trabalhadores da Educação, nesta quinta-feira (5). Eles estenderam faixas e cartazes no saguão de check-in do aeroporto. Depois, percorreram a rua lateral entoando palavras de ordem como “A nossa luta é todo dia, educação não é mercadoria” e também “não, não, não, à privatização”.
O protesto foi para expor a insatisfação com as ações do Ministério Educação (MEC), em especial o corte de verbas para instituições federais como a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT).
A agenda do ministro em Cuiabá, incluiu um encontro com o prefeito Emanuel Pinheiro para divulgar os investimentos da educação municipal de Educação da Capital. Durante seu discurso, Weintraub criticou o dinheiro investido na construção da Arena Pantanal, mais de R$ 628 milhões.
Disse que foi um “dinheiro jogado fora”, uma “verdadeira fortuna”, nas palavras do ministro, que segundo ele, poderia ter sido usado para climatizar escolas e investir em creches. Também reclamou do dinheiro, mais de R$ 1,1 bilhão até o momento, utilizado nas obras do VLT. “Mas isso já foi, já foi construído, foi dinheiro jogado, não fora, está lá, mas é um dinheiro que foi desperdiçado”, criticou ele.
Aproveitou ainda o evento para tecer críticas à reitora da UFMT, Myriam Serra. Argumentou que “uma gestão ruim pode ter bilhões e vai terminar mal”, se referindo ao orçamento da UFMT que enfrenta sérias dificuldades financeiras e está adotando uma série de medidas devido ao contingenciamento de recursos do MEC.
Na Capital, ele também participa da solenidade em comemoração aos 184 anos da Polícia Militar. No evento, marcado para às 19h no do Comando Geral com a promoção de 546 policiais, o ministro Abraham Weintraub e o governador Mauro Mendes (DEM) recebem a comenda Homens do Mato, entregue para diversas personalidades.
A vinda do ministro a Cuiabá é também uma maneira de demonstrar apoio à implantação de escolas militares em Mato Grosso, proposta defendida pelo comante-geral da PM, o coronel Jonildo José de Assis, o Governo do Estado e a Assembleia Legislativa.