A Justiça decretou a prisão temporária (30 dias) de Jonh Lennon da Silva, 21, conhecido como “Branquinho”, suspeito de ter matado o jornalista e escritor Marcelo Leite Ferraz, de 38 anos, com pedradas na cabeça. O acusado foi preso pela Polícia Militar na noite desta terça-feira (1º) após ser denunciado por outras duas pessoas e corria o risco de ganhar liberdade já que estava fora do período de flagrante.
A decisão é do juiz Flávio Miraglia Fernandes, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá. Em seu despacho, assinado nesta quarta-feira (2), o magistrado destaca que as diligências policiais realizadas até o momento realizadas demonstram pertinentes a persecução penal de modo que “a prisão temporária se mostra imprescindível, pois caso o representado continue solto, poderá embaraçar o término das diligências finais destinadas à delimitação do crime de homicídio que se aparenta, à princípio, doloso”.
O pedido de prisão foi representado pela Polícia Civil que investiga o caso através da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). No relatório policial encaminhado à Justiça, a PJC pontuou que diversas testemunhas detalharam como ocorreram os fatos e que o autor do crime seria Jhon Lennon da Silva, cujo motivo seria por uma dívida de R$ 3 pelo fato da vítima ter fumado uma droga e não ter pago ou para roubar o celular.
Ainda conforme o despacho de Flávio Miraglia, o relatório policial informa que o suspeito confessou o crime, possui uma extensa ficha criminal, não tem residência fixa e nem possui elementos acerca da sua real identidade.
Diante da materialidade e dos fortes indícios de participação e autoria contra o investigado, a Polícia Civil pleiteou a decretação da prisão temporária afirmando ser imprescindível para não prejudicar a colheita das provas e a conclusão das investigações. O Ministério Público Estadual (MPE) concordou com o pedido.
“Feitas estas considerações e em consonância com a manifestação ministerial, decreto a prisão temporária da pessoa de Jhonn Lennon da Silva, vulgo ‘Branquinho’ pelo prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade”, despachou o magistrado deixando claro que se ao final do prazo não for decretada a preventiva o suspeito deverá ser colocado em liberdade.
O caso
Marcelo Ferraz estava desaparecido desde a noite do último sábado (28 de setembro) quando saiu de casa e disse aos familiares que iria se encontrar com amigos na Praça da Mandioca, região central de Cuiabá. Porém, ele não apareceu por lá e nem voltou para casa.
Na manhã da última segunda-feira (30), a família procurou a Polícia Civil e comunicou o desparecimento. No período da tarde, o corpo foi localizado num terreno baldio no bairro Bosque da Saúde, nas imediações das Avenidas Miguel Sutil e Historiador Rubens de Mendonça (Av. do CPA). A vítima foi atacada com pedradas na cabeça o que resultou em traumatismo craniano.