O desaparecimento do técnico de telefonia Wellington Bueno Carvalho dos Santos, 36 anos, completou seis meses neste sábado (12), em Cuiabá, e família sofre com a falta de notícias. Uma das suspeitas é que o sumiço possa estar relacionado a ação de uma facção criminosa.
Segundo a Polícia Civil, que investiga o caso, Wellington, que foi usuário de drogas, era suspeito de ser membro do Primeiro Comando da Capital (PCC) quando morava em São Paulo. Ao chegar em Cuiabá foi ameaçado de morte por membros do Comando Vermelho (CV).
Conforme a PJC, o bando prometeu dar fim em Wellington. Ele foi visto pela última vez na noite do dia 5 de abril, próximo à residência da sogra, onde morava com a esposa e os dois filhos de 2 anos e outro de 10 meses, no residencial Jonas Pinheiro.
Por volta das 22h ele foi deixado próximo a uma distribuidora de bebidas pelo gerente da empresa em que trabalhava. Inclusive, estava uniformizado.
O desaparecimento foi descoberto na manhã seguinte, quando o gerente passou na casa para buscá-lo e soube que ele não havia retornado no dia anterior. Wellington havia retornado com a esposa e os filhos da capital paulista, onde morou por um período.
Fazia seis meses que estava em Cuiabá e, segundo o pai dele, Francisco Carvalho dos Santos, 63 anos, o filho estava animado com o trabalho e disse que já pensava em mudar da casa da sogra para uma residência própria e que mandaria buscar a mudança da casa que tinha no outro Estado.
O fato de Wellington ser natural de São Paulo, onde a facção Primeiro Comando da Capital (PCC) é dominante, pode ter motivado alguma reação de faccionados do Comando Vermelho (CV), que predomina em Mato Grosso.
Para a mãe Lázara Bueno, 60 anos, o sumiço do único filho tirou a paz da família, que chegou até a vir para Cuiabá para buscar informações, mas até agora não obteve nenhuma pista sobre o que aconteceu e de seu paradeiro. A investigação está em andamento, de acordo com o Núcleo de Pessoas Desaparecidas (NPD), da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mas é um caso bastante complexo.
Até agora a família não obteve nenhuma pista. Qualquer informação sobre o paradeiro de Wellington deve ser repassada á polícia pelo 197, ou (65) 3901-4823 e (65) 9 9982-7766.