A delegada Karla Cristina Peixoto Ferraz, responsável pela Delegacia da Criança e do Adolescente em Rondonópolis (MT), e que está à frente do “caso Samuel”, falou com a imprensa na manhã desta quinta-feira (24).
Segundo ela, desde o registro do Boletim de Ocorrência (BO) na última segunda-feira (21), investigadores da Polícia Civil estão em busca de informações que possam levar a localização do menino. Porém, ainda segundo Karla Cristina, não existe nenhuma informação concreta sobre o que teria acontecido com Samuel.
“Nós estamos trabalhando incansavelmente neste caso. Já ouvimos diversas testemunhas, bem como parentes do menino. Imagens de câmeras de segurança do bairro onde ele mora também estão sendo analisadas. Porém, não existe nenhuma informação nova sobre o que pode ter acontecido na tarde daquele domingo”, disse a delegada.
Durante a entrevista coletiva, a delegada afirmou que já acionou policiais de outras cidades vizinhas como Guiratinga, Primavera do Leste e Paranatinga. A Polícia recebeu informações de que populares tinha visto o menino nestes municípios.
Ainda durante a conversa com os veículos de comunicação, a delegada pediu encarecidamente que a população evite informações falsas sobre o caso. Isso tem atrapalhado as investigações.
O Brasil não possui lei que aborde especificamente as “fake news”, mas o infrator pode ser punido com base nas penas para os crimes de calúnia, injúria e difamação.
O Artigo 138 do Código Penal, por exemplo, define que “caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime” pode levar a uma pena de “detenção, de seis meses a dois anos”, além de multa, e que na “mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga”.
Então, é bom tomar mais cuidado com aquela foto estranha que você repassa no WhatsApp, ou com aquele vídeo falso que você publica no Facebook, ou com aquele meme engraçadinho que você posta no Twitter.