A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) informou que exames preliminares confirmaram que o corpo encontrado, já em decomposição, nesta terça-feira (8), é da enfermeira Zuilda Correia Rodrigues, de 43 anos, desaparecida há mais de 10 dias no município de Sinop (MT). A Polícia Civil procura pelo marido da vítima, o empresário Ronaldo Rosa, que é apontado como mandante da morte. Ele é considerado foragido.
O policial militar Marcos Vinicius Pereira Ricardi foi preso e confessou que “apenas” ocultou o cadáver de Zuilda, segundo ele, a pedido de Ronaldo que era seu patrão. O militar estava afastado do cargo e trabalhava como entregador no espetinho da família da vítima.
A Politec destacou que o corpo de Zuilda foi jogado numa ‘boca de lobo’ e, devido ao aumento do volume de água das chuvas dos últimos dias, acabou sendo levado pela tubulação de concreto e parou na saída do desaguador no meio da mata.
“Preliminarmente o filho da vítima reconheceu a calça que ela estava usando. Agora, o reconhecimento definitivo será pelas digitais ou DNA. Ela estava com um relógio dourado também”, disse o perito criminal, Carlos Eduardo Siqueira.
O corpo estava sem o crânio que foi encontrado alguns metros com afundamento. A Polícia Civil acredita que ela recebeu várias pancadas na cabeça.
Um suspeito de cometer o assassinato está preso e a Polícia Civil forneceu poucos detalhes, até agora, do andamento das investigações.
Marido tentava desviar investigação
O próprio Ronaldo comunicou a polícia sobre o desaparecimento da mulher. O veículo da enfermeira, uma SW4, foi encaminhado à perícia depois que o marido disse ter achado manchas que poderiam ser de sangue em seu interior, além de cabelos da vítima, indicando sinais de violência. Apesar do veículo ter aparecido estacionado, misteriosamente, diante da casa da família, estava sem as chaves. Em seu interior foram localizados os documentos de Zuilda.
No registro feito pelo marido ele disse conviver com Zuilda há cerca de 10 anos. Na sexta-feira (27) a buscou no final do expediente, no hospital em que atua. Deixou a esposa às 19h em casa. Ele seguiu para o espetinho que possui na área central.
Como Zuilda não aparecia, foi até a casa por volta das 20h para procurá -la. Viu que o veículo não estava mais lá. Imaginou que ela tivesse ido à igreja e retornou ao comércio. Uma hora depois retornou para casa e se deparou com o veículo diante do imóvel, trancado. Abriu usando a chave reserva.
O companheiro percebeu a falta de algumas roupas da vítima e certa quantidade em dinheiro. Quanto ao celular dela, o filho de Zuilda teria detectado que emitia o sinal de dentro da casa, mas não havia sido localizado até o momento do registro.
No endereço, trabalham cinco funcionários do casal na preparação dos espetinhos, que a princípio não teriam visto nada. O marido disse que a enfermeira estava tendo alguns problemas com colegas de trabalho.