Após mais de 30 dias de investigações, a Polícia Civil por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), concluiu o inquérito sobre a morte do jornalista, advogado e escritor, Marcelo Ferraz, 38 anos, ocorrida no dia 30 de setembro. As investigações apontam que o real motivo do assassinato foi um desentendimento por conta de drogas.
As duas versões, contadas pelo assassino confesso, John Lennon da Silva, 21 anos, que Marcelo o devia R$ 3 e que ele havia flagrado sua namorada fazendo sexo com o jornalista, foi descartada durante as investigações.
Jhon continua preso após a Justiça decretar sua prisão preventiva. A suposta namorada dele, que durante as investigações havia sido presa como suspeita, já foi solta. Por enquanto, ela é tratada apenas como testemunha do crime.
Durante o período de investigações, mais pessoas foram ouvidas e imagens de câmeras da região foram analisadas. O delegado Fausto Freitas, chegou à conclusão que Marcelo foi por conta própria procurar John Lennon para usar drogas.
John Lennon então cobrou uma quantia por uma porção. No entanto, ao pedir mais dinheiro para o jornalista, Marcelo não teria como pagar, já que foi ao local apenas com um cartão de identificação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Foi então que a desavença começou.
Os dois entraram em luta corporal e John Lennon derrubou Marcelo. Em seguida jogou um enorme pedaço de concreto na cabeça da vítima que morreu no local. A segunda versão apresentada pelo suspeito, de que Ferraz foi flagrado fazendo sexo com sua namorada, foi descartada. A Polícia Civil não confirmou qual o valor usado por Marcelo para comprar drogas naquele dia.
A suspeita de que o jornalista pudesse ter sido abusado sexualmente, já que suas calças estavam abaixadas, também não foi confirmada, segundo o delegado. Exames devem comprovar nos próximos dias as informações repassadas pelo delegado.
Conforme as investigações, John ainda tentou roubar Marcelo após a morte, porém, não encontrou nada. As imagens das câmeras de segurança na avenida do CPA mostram Marcelo na região com uma garrafa de conhaque junto com o suspeito. Eles bebem e conversam por quase 30 minutos antes de entrarem no terreno baldio para usar drogas.