Após ser “desmentido” em público e constrangido pelo governador Mauro Mendes (DEM), ao receber uma planilha, com medições provando que a obra do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) nunca ficou abandonada, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), não conseguiu conter os ânimos. Em conversa com jornalistas, após termino da cerimônia de inauguração da última etapa do HMC, Pinheiro aconselhou Mendes a levar seu gabinete até a Central abandonada do Veículo Leve sogre Trilhos (VLT) ou instalá-lo no esqueleto do Hospital Central e do Hospital Universitário Júlio Müller.
Pinheiro ironizou ainda e questionou: “será que eu vou ter que chegar lá para fazer?”. As declarações ao final do evento são um sinal de que o clima de animosidade entre os ex-aliados políticos deve se continuar pelos próximos dias.
“Ele tem estado muito angustiante ultimamente, muitos problemas. Ele [Mauro Mendes] prometeu duas grandes obras, Hospital Júlio Müller e Central e é isso que o governador tem que fazer. Passou um ano do governo de Mauro Mendes e nada foi feito, mas, antes tarde do que nunca”, disparou Emanuel, observando que no que depender de Cuiabá, o governador pode contar com ele.
Em seguida, continuou disparando críticas direcionadas ao governador que caminha para finalizar um ano de gestão em dezembro. “Ah, não podemos esquecer do VLT. Vai uma dica: Mauro Mendes tem que construir o gabinete dele dentro da central abandonada ou dentro do Hospital Central ou Universitário Júlio Müller, tem que ir para dentro, tem que agarrar no ‘chifre do boi’. Será que eu vou ter que chegar lá para fazer?”, ironizou Emanuel.
Apesar de ter recebido uma planilha de Mauro Mendes para atestar o andamento contínuo da obra entregue do HMC, o prefeito da Capital voltou a sustentar ao assumir a prefeitura em janeiro de 2017 encontrou a obra abandonada.
“Eu já falei, a obra estava parada sim e eu precisei de três, quatro meses para colocar em andamento. Não tiro o mérito dele [Mauro Mendes]. Ele iniciou a obra e fez no máximo 25%. Nos com toda garra fizemos e o que importa é hoje, é uma virada de página”, disse Pinheiro.