Com a presença de cinco ex-governadores e dezenas de políticos, entre vereadores, deputados estaduais, federais e senadores, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) inaugurou, na noite desta segunda-feira (18) a 6ª e última etapa do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), obra iniciada em 2015, ainda na gestão do ex-prefeito e hoje governador, Mauro Mendes (DEM).
No evento estavam reunidos no mesmo palco os ex-governadores Júlio Campos (DEM), Carlos Bezerra (MDB), Jayme Campos (DEM), Blairo Maggi (PP) e Pedro Taques (PSDB). O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha Barros (MDB), bem como o deputado federal Baleia Rossi (SP), presidente nacional do MDB, também marcaram presença na cerimônia de inauguração do hospital.
Mauro Mendes (DEM), mesmo rompido politicamente com Pinheiro, compareceu ao evento. Ele trocou abraços e sorrisos com Pinheiro, mas também aproveitou para deixar claro que a obra do HMC foi lançada em sua gestão enquanto prefeito de Cuiabá em parceria com o então governador Pedro Taques.
“Pra mim é uma alegria muito grande, não só por uma obra que nós no início do nosso mandato em 2013, porque esse foi o principal compromisso que assumimos na campanha, mas não por ser um compromisso de campanha, porque era sem sombra de dúvidas alguma a maoir demanda que a Baixada Cuiabana tinha pra melhorar a saúde do povo. O antigo Pronto-Socorro depois de décadas da sua construção não tinha mais condições físicas de continuar atendendo a saúde pública da nossa Capital, e ele era o maior e mais importante hospital público de Mato Grosso”, afirmou Mendes logo no início de seu discurso.
Mendes lembrou que a estimativa inicial da obra era de R$ 80 milhões e que o compromisso firmado e cumprido por Pedro Taques repassando R$ 50 milhões para a obra foi essencial para que ela saísse do papel. “O Estado entraria com R$ 50 milhões e a Prefeitura entraria com R$ 30 milhões. Assinamos o convênio e a partir daí licitamos a obra, demos a ordem de serviço e a obra começou. Começou em julho de 2015 quando teve a primeira medição”, relembrou o democrata.
A fala de Mendes foi um recado direto ao prefeito Emanuel Pinheiro que vinha se intitulando o “pai do HMC”. Ele parabenizou Pinheiro e sua equipe por dar continuidade e concluir a obra lembrando que deixou a Prefeitura de Cuiabá em dezembro de 2016 com mais de 30% da obra civil concluída.
“Nós temos todas as medições que demonstram isso clara e objetivamente. A parte de equipamentos, ar condicionado custou R$ 17 milhões. Nós temos que agradecer muito ao senador Blairo Maggi e a todos os senadores Wellington Fagundes, a bancada federal na época que ajudou muito para que o presidente Michel Temer destinasse R$ 100 milhões equipar e ajudar a finalizar essa obra”, enfatizou o chefe do Palácio Paiaguás.
Já Emanuel Pinheiro, em agradeceu aos demais políticos que contribuíram para a destinação de recursos federais e pontuou que Cuiabá foi a única cidade do Brasil a concluir uma obra do programa “Desafio Chave de Ouro” lançado na gestão do ex-presidente Michel Temer.
“Somente uma obra como essa conseguiu reunir tantos ex-governadores dos últimos tempos, das últimas décadas em Cuiabá. Blairo Maggi, Jayme Campos, Júlio José de Campos, Pedro Taques e Carlos Gomes Bezerra representando uma geração de grandes idealizadores, de grandes homens públicos”, enalteceu o prefeito agradecendo ao ex-senador e ex-ministro Blairo Maggi por ter feito a articulação junto ao então presidente Michel Temer para liberação de recursos através do programa “Chave de Ouro”.
O prefeito Emanuel também reconheceu o mérito de Mendes por iniciar a obra, e segundo ele, deixá-la com 25% de execução. “Não posso deixar de reconhecer ao governador Mauro Mendes que ele iniciou e nós tivemos a missão de retomar, dar continuidade, equipar, mobiliar e colocar em funcionamento. Então muito obrigado ao governador Mauro Mendes pela sua participação nessa obra”, pontuou o emedebista. Veja vídeo com o discurso completo do prefeito ao final do texto:
O hospital
O Hospital Municipal de Cuiabá terá capacidade de realizar 600 mil procedimentos por ano e custou cerca de R$ 190 milhões aos cofres públicos utilizando recursos municipais, estaduais e federais.
Nesta última etapa foram entregues a parte de urgência e emergência com seis salas de centro cirúrgico, observação pediátrica, 12 leitos de estabilização, três leitos de reanimação, cinco leitos de politrauma e dois isolamentos. Também foram entregues a Central de Material e Esterilização (CME) e o heliponto.
Agora funcionando 100%, o HMC passa a contar com 315 leitos, sendo 178 de adultos, 20 leitos no Centro de Tratamento de Queimados, 60 de UTI, 38 de Emergência, seis salas de cirurgia e 13 leitos recuperação pós-anestesia (RPA), além do ambulatório com mais de 13 das especialidades médicas mais procuradas pela Central de Regulação, exames como ultrassonografia, endoscopia, colonoscopia e radiografia e parque tecnológicos com equipamentos de última geração.